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Tudo corria bem entre Inter e Nilmar em julho de 2012. O jogador tinha a inteção de sair do Villarreal, uma vez que o clube passava por um mal momento no futebol espanhol - havia caído para a segunda divisão após 10 anos na elite.
O vice de futebol à época, Luciano Davi, estava otimista com o desfecho do negócio após três reuniões cara a cara com o atleta realizadas em São Paulo.Duas propostas foram encaminhadas ao Villarreal e a segunda, de 6 milhões de euros, oferecida pelo presidente Giovanni Luigi teria sido aceita pela direção europeia. O anúncio de Nilmar como novo reforço do Inter era questão de tempo.
O que ocorreu, então? Em maio, durante férias na Capital, o atacante velocista chegou a afirmar para Zero Hora que "tinha vontade de fazer gols no Beira-Rio". Porém, as cifras apresentadas pelo Al Rayann e um forte apelo de Orlando da Hora, empresário do jogador, dissuadiram Nilmar a retornar para a Capital.
- O Orlando da Hora influencia demais as decisões do jogador. Claro, fez o Nilmar ganhar muito dinheiro. Mas ele prejudicou a carreira dele ao levá-lo para o Catar - afirmou uma pessoa ligada ao negócio em 2012.
O Inter havia acertado R$ 600 mil de salário bruto, mais luvas e premiações por conquistas. Nilmar queria voltar ao Beira-Rio. Porém, o representante insistia em cobrar do Inter o valor de R$ 900 mil mensais - o salário incluiria, assim, as despesas de impostos no Brasil. Uma coisa era certa nos gabinetes da presidência: o valor na casa do milhão não seria pago pelo Inter, que já estava com Orlando da Hora entre seus credores por conta de uma dívida próxima aos R$ 2 milhões referentes a pendências em comissões. No dia em que o Inter vivia a expectativa de dar os trâmites como concluídos, o site do Al Rayann anunciou o jogador.
- Não tínhamos condições de expor o Inter aquela realidade salarial. Estaríamos quebrados em poucos meses - relatou uma fonte ligada à direção da época.
Zero Hora procurou o vice de futebol Luciano Davi. Ele acredita que, no Inter em 2012, Nilmar teria voltado ao seu melhor futebol e seria uma boa opção para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo no Brasil. Com 30 completos no dia 14 de julho, Davi fez uma avaliação sobre uma possível investida após dois anos de futebol no Catar:
- Eles jogam um outro estilo de futebol. O Nilmar tem de ficar atento à situação de seus joelhos. Talvez em 45 dias de preparo específico com o Élio Carraveta ele estaria apto a trabalhar com o Abel. Mas é arriscado. Vejo a situação dele como a do Alex. Precisará de uma adaptação de cinco a seis meses para voltar a ficar na ponta dos cascos.
Colorado ZH: vale a pena repatriar Nilmar?
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