Antes de enfrentar o Inter, o Vitória era o lanterna do Brasileirão. Depois de bater o time de Abel Braga por 2 a 0, no Barradão, passou a ser o antepenúltimo colocado do campeonato. Em queda na tabela, o Inter soma duas derrotas seguidas, já vê o Grêmio encostado, empatado em pontos (ambos com 34) e, nesta quinta-feira, poderá cair para a quarta colocação, caso o Corinthians vença o Atlético-MG no Itaquerão.
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Abel Braga disse antes do jogo que colocaria o seu Inter ao ataque. Queria surpreender o Vitória no começo da partida. E quase deu certo. Aos três minutos, Gilberto obrigou o goleiro Roberto Fernández (filho de Gato Fernández, último goleiro campeão nacional com o Inter, em 1992) a uma defesa providencial.
Mas, quatro minutos depois, foi a vez de o Vitória ir ao ataque. E fazer 1 a 0. Richarlyson cobrou uma falta lateral, encobriu o grandalhão Dida e saiu comemorando o seu golaço. Uma nova derrota não estava nos planos de Abel.
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Por isso, o Inter voltou à carga. Mas de maneira precipitada, como vem sendo a regra da equipe nas últimas rodadas. Sasha e Wellington Paulista perderam duas boas chances no ataque. O primeiro parou nas pernas do zagueiro Kadu. O segundo, nas mãos de Fernández.
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Dono de frágil defesa, o Vitória escapou de levar o empate aos 32 minutos, quando Wellington Paulista marcaria na pequena área, mas foi derrubado por Nino. O árbitro nada marcou. O Inter repetia jogadas e morava dentro da área do Vitória, mas, no momento de empurrar para o gol, sempre aparecia uma meia rubro-negra ou um goleiro de braços longos para salvar.
Último colocado do Brasileirão, o Vitória parecia assombrar o Inter. A cada contra-ataque, os baianos levavam pânico a um inseguro sistema defensivo colorado. O primeiro tempo chegou ao final com o Vitória cobrando falta frontal ao gol de Dida. O Inter teve nove finalizações. O Vitória, quatro.
- Está faltando finalizar, chutar em gol. Não podemos tomar mais gols no segundo tempo - desabafou o zagueiro Ernando, no intervalo.
No segundo tempo, o Inter manteve o ímpeto ofensivo, mas encontrou um adversário melhor posicionado na defesa. Sem efetividade no ataque, a equipe de Abel Braga se mostrava cada vez mais perdida atrás. E, aos 11 minutos, um novo castigo. Após cruzamento às costas dos zagueiros, Fabrício marcou de cabeça, contra, ao tentar cortar o cabeceio de Marcinho.
Com o 2 a 0 e a derrota se encaminhando, um atônito Abel Braga olhava a todo o momento para uma prancheta ao estilo Joel Santana, sem reagir. Aos 23 minutos, porém, duas substituições: Valdívia e Leandro, nos lugares de Sasha e Ygor. Em seguida, a terceira: Alan Patrick na vaga de Jorge Henrique. Apesar de as alterações terem dado maior dinamismo ao meio-campo colorado, na prática, pouco mudou.
Um time sem gana para buscar o empate acabou entregue à sexta derrota no Brasileirão. A segunda seguida. Se ainda sonha com a vaga à Libertadores, o Inter precisa despertar no campeonato enquanto há tempo. Ou a temporada caminhará para o final de um time caro e com apenas o Gauchão na bagagem.
BRASILEIRÃO - 20ª RODADA - 10/9/2014
VITÓRIA
Júnior Fernández; Nino, Kadu, Luiz Gustavo e Juan; Neto Coruja (Adriano, 14'/1ºT), Cáceres, Richarlyson, Escudero (Edno, 26'/2ºT) e Marcinho; Dinei (Guillermo Beltrán, 12'/2ºT).
Técnico: Ney Franco
INTER
Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Ygor (Valdívia, 23'/2ºT), Wellington, D'Alessandro, Eduardo Sasha (Leandro, 23'/2ºT) e Jorge Henrique (Alan Patrick, 26'/2ºT); Wellington Paulista.
Técnico: Abel Braga
Gols: Richarlyson (V), aos sete minutos do primeiro tempo, e Fabrício (I) (contra), aos 11 do segundo tempo
Cartões amarelos: Júnior Fernández (V); Fabrício (I)
Arbitragem: Pericles Bassols, auxiliado por Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo Henrique Correa (trio do RJ)
Público: 5.141 pessoas
Local: Barradão, em Salvador (BA)
PRÓXIMO JOGO
INTER X BOTAFOGO, DOMINGO, 14/9/2014
BEIRA-RIO, ÀS 16h
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