Projeção do Inter de Aguirre, considerando o grupo de jogadores à disposição hoje.

A referência principal da trajetória de Diego Aguirre é a do Peñarol vice-campeão da Libertadores de 2011. Ali, consolidou-se uma equipe que apostava em uma postura defensiva e na transição rápida. Quando atacava, buscava triangulações pelos lados e a bola aérea. Tudo isso organizado em um 4-4-2, com duas linhas de quatro.
Não se sabe se o uruguaio repetirá, no Inter, a mesma fórmula que o levou à decisão da competição sul-americana. No campeonato nacional, diante de equipes menos qualificadas, aquele Peñarol era bem mais ofensivo. À frente de um Inter com boas peças para reter a bola no meio-campo, talvez Aguirre seja fiel a essa postura agressiva.
Quanto ao posicionamento dos jogadores, resta-nos comparar e especular. Há semelhanças nas características da referência técnica daquele Peñarol, Martinuccio, e as de D'Alessandro. Por isso não será surpresa se Aguirre testar o argentino como uma espécie de segundo atacante, como era Martinuccio em 2011. Assim, o capitão colorado teria liberdade de movimentação para aproximar-se dos flancos e participar intensamente do jogo. Gozaria, também, de menos obrigações defensivas, já que, atuando pelo lado, tem de vigiar o deslocamento do lateral adversário.
A comparação entre o grupo colorado e aquele Peñarol também pressupõe um papel de protagonista para Aránguiz. Luis Aguiar era decisivo em 2011 para os uruguaios, partindo de sua posição centralizada na linha de meio-campo e soltando-se para apoiar o ataque. Movimentação parecida com a do chileno em seus melhores momentos pelo Inter.
Neste cenário, Alex teria vaga em um dos lados do campo, com Sasha ou De Arrascaeta do outro - sendo que o uruguaio também pode ser o companheiro de frente de Nilmar, desde que D'Alessandro siga pelo lado direito.
