Diogo Olivier
Diego Aguirre vai para o seu primeiro amistoso relevante, contra o Shahktar, com a marca da prudência inteligente de quem chega pensando ser o algodão entre cristais.
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Não buscou frases de efeito para impressionar ou arrumar manchete, nem fechou portas com posições definitivas sobre esquemas táticos ou a titularidade deste ou daquele. Assim, evitou comparações com o time do ano passado, tampouco se enredou em possíveis incoerências.
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O técnico do Inter se esquivou de mencionar preferências, embora tenha escapado certo apreço pelo 4-2-3-1. O cuidado em escolher as palavras certas em português, e para isso foi sempre mais pausado do que de costume, revelam esmero em se incorporar ao ambiente, e não o contrário.
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A tranquilidade ao abordar o fato de ser a quinta opção para o caro (depois de Tite, Abel, Mano e Luxa), é o emblema do seu estilo. Não demonstrou desconforto algum. Disse que só ser lembrado em meio a tantos bons treinadores já era suficiente. Diego Aguirre chegou pisando mansinho. É ele a grande estrela do amistoso desta sexta no Beira-Rio, e não os reforços.
Curiosidade
Reina enorme expectativa nacional acerca do trabalho de Aguirre no Inter. Estive na quinta-feira no Arena SporTV e, conversando com William Machado e Caio Ribeiro, deu para perceber que o uruguaio é visto como um sopro de renovação, uma porta a ser abrir contra nossa resistência a estrangeiros na casamata. O Brasil está curioso para ver o Inter com matizes charruas. Se fizer bom trabalho, Aguirre será pioneiro.