
Presidente colorado por quatro anos, e que deixou o cargo em dezembro, Giovanni Luigi, entende que a situação econômica do Inter não é grave como este número aparenta. Ele alega que quase 80% do déficit se deve a "lançamentos contábeis e econômicos", que não representariam custos para o clube.
Entre eles, R$ 25 milhões a título de "depreciação de passes de jogadores" (o valor do atleta via diminuindo, conforme o seu contrato vai se aproximando do final com o clube), mais R$ 12 milhões de "diferenças cambiais", entre outros.
- A situação financeira do Inter é boa comparada a outros clubes brasileiros - declarou Luigi. - Mas, é claro que foi um ano difícil, pois apenas o Otávio foi vendido (ao Porto). Pelo bem da campanha no Brasileirão, deixamos de vencer Aránguiz e Valdívia - acrescentou.
O ex-presidente, que no ano passado viu aprovada com ressalvas pelo Conselho Deliberativo uma suplementação orçamentária de R$ 59,3 milhões, rebateu a informação de que toda a verba da TV de 2015 (R$ 45 milhões) foi adiantada no ano passado:
- Antecipei R$ 15 milhões e cheguei a pagar de volta duas parcelas. Ou seja: antecipei R$ 13 milhões.
Giovanni Luigi alega ainda que renegociou e passou a pagar com regularidade toda a dívida fiscal do Inter, que hoje está na casa dos R$ 129 milhões.
- Mas, se o Proforte for aprovado pela Câmara dos Deputados (o projeto de lei está tramitando em Brasília, com possibilidade de acordo junto ao governo federal), esta dívida cairá para R$ 90 milhões - afirmou.
Pessoas ligadas à gestão Luigi alegam ainda que as contas de Vitorio Piffero, em 2010, teriam atingido um alto déficit também, caso a venda do Estádio dos Eucaliptos (por R$ 28 milhões) não tivesse sido considerada no balancete.
As contas de 2014 serão apreciadas e votadas pelo Conselho Deliberativo no mês de abril.