
Um Inter rejuvenescido e sem a aura de D'Alessandro terá no Gre-Nal da Arena, neste domingo, o seu maior desafio até agora.
Se em jogos anteriores a equipe contava com jogadores rodados em partidas contra o rival, desta vez, a marca do time será a pouca experiência no clássico. Entre os titulares, o zagueiro Ernando surge como o mais cascudo jogador em Gre-Nal, com oito partidas. Já o lateral-esquerdo Artur, tem apenas um Gre-Nal profissional na carreira. Andrigo jamais disputou o clássico como atleta de elenco principal.
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- Nós, os mais velhos, temos de ajudar o grupo a estar motivado, para conquistar vitórias e campeonatos. Em relação ao Gre-Nal, temos de explicar aos mais novos que se tem de manter uma linha, sem euforia ou baixo astral, a partir de uma boa ou má atuação no clássico. Os conselhos servem para manter os jovens com cabeça boa, jovem, às vezes, não lida muito bem com holofotes ou críticas - aponta Ernando.
Campeão da Copa do Brasil pelo Inter, em 1992, o ex-lateral-esquerdo Daniel da Costa Franco jogou o seu primeiro Gre-Nal dois anos antes. Era um adolescente de 17 anos quando disputou o seu primeiro Gre-Nal profissional contra o Grêmio de Mazaropi, Alfinete, Cuca e Assis - vitória colorada por 1 a 0, no Beira-Rio.
- No Rio Grande do Sul, ir bem em Gre-Nal é chave para um começo promissor de carreira. Pesa um pouco a responsabilidade para um novato entrar em um clássico como esse, ainda mais em um estádio no qual o clube teve uma derrota muito sofrida no ano passado. A hora é de colocar o peso maior sobre a comissão técnica e sobre os atletas mais experientes - afirma Daniel. - Os jogadores mais jovens precisam sentir o jogo nos primeiros minutos e simplificar ao máximos os movimentos iniciais, a fim de ganhar confiança no Gre-Nal - ensina o ex-jogador, atualmente treinador sem clube.
Dos 11 prováveis titulares do Inter na Arena, sete deles têm menos de 25 anos. Andrigo, por exemplo, tem 21 anos. Alisson Farias, que tem chance de ingressar no jogo na segunda etapa, é o caçula do time profissional. Cumprirá 20 anos em 7 de abril. Com a autoridade de quem estreou em clássicos pelo profissional do Inter com 17 anos, escalado pelo técnico Antônio Lopes, o meia Caíco define o batismo de fogo dos homens de Argel:
- Os jogadores ficam marcados. O Inter tem os jovens que ainda precisam se firmar como profissionais. É a chance de provar que podem corresponder na temporada, ganhar confiança. Eu estreei com 17, joguei em cima do Lira (lateral do Grêmio), me destaquei no jogo e não saí mais da equipe. Tinha muita gente experiente para me deixar à vontade: o Célio Silva, o Marquinhos. Me incentivavam a ir para cima, procurar a jogada individual. Acredito que os experientes de agora estão fazendo a mesma coisa com a gurizada.
Desde a Turquia, onde atua como preparador de goleiros do Galatasaray, o ex-colorado Taffarel deposita sua confiança em Alisson para dar tranquilidade aos que debutam no Gre-Nal. Brinca que a meta do Inter tem um camisa 1 melhor que o dos anos 1990, mas fala sério quando responde sobre o clássico:
- Clássico não se ganha na experiência ou devido à inexperiência. Ali tem que botar o coração, errar o mínimo possível, pois, muitas vezes, há poucas oportunidades de gol. Não será nada fácil para o Inter na Arena.
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