
E lá vai o Inter, para a sua segunda decisão da semana. Depois da emoção provocada no vestiário colorado, com direito a cânticos de "vamo, vamo, Inter" e à selfie coletiva dos atletas no estádio ao eliminar o Corinthians nos pênaltis da Copa do Brasil, Antônio Carlos Zago e seus comandados agora terão de disputar a vaga à final do Gauchão em Caxias do Sul.
No domingo, 88 horas depois de ver Guilherme Arana atirar a bola sobre o travessão e classificar o Inter às oitavas de final da Copa do Brasil, o Inter entrará em campo no Estádio Centenário – com D'Alessandro, e tendo em Edenilson uma dúvida em potencial até momentos antes da partida. Devido à adrenalina provocada pela decisão por pênaltis, o sono dos atletas não foi o dos mais adequados até a hora do embarque para Porto Alegre, às 9h55min.
– Por tudo isso, já começamos a acelerar o processo de recuperação ainda no vestiário da Arena, com suplementos e trabalhos com gelo para amenizar as microlesões dos jogadores – disse o preparador físico do Inter, Carlos Pacheco. – Tentaremos recuperá-los ao máximo com alimentação à base de carboidrato e proteína – acrescentou ele.
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Com 23 partidas disputadas em 79 dias na temporada, o Inter encontrará um Caxias bem mais descansado. Afinal, o time de Luís Carlos Winck não teve jogo algum durante a semana. Depois de vencer no Beira-Rio o jogo de ida das semifinais por 1 a 0, o Inter precisa de pelo menos um empate para avançar à final – ou uma derrota por um gol de diferença, desde que faça gols.
– É difícil dizer quantificar a recuperação dos nossos atletas, certamente não estarão em 100% de suas condições. Mas três dias de descanso entre uma partida e outra já ajuda um pouco, a fadiga já será um pouco amenizada, mas é uma decisão e, aí, entra em campo o esforço e a vontade do grupo – afirmou Pacheco.
O esforço para superar o Corinthians afetou Roberson (que deixou o jogo ainda no início, com uma fisgada na coxa esquerda) e Uendel. O lateral-esquerdo sequer conseguiu cobrar o pênalti e acabou passando a sua vez para o jovem Diego.
– Era para ser o Uendel, mas ele estava com dores na coxa e ele me disse para cobrar. Fui feliz e consegui fazer o gol – contou Diego.
Carlos Pacheco entende que, apesar do desgaste físico e emocional de decidir a vaga em Itaquera nas cobranças de pênaltis, a partida de São Paulo levará o Inter à superação no Centenário:
– A parte emocional desta vitória foi importante. Uma vitória assim leva à conscientização do momento da equipe. Tenho certeza que no domingo faremos um jogo de muita superação e companheirismo.
Se em Itaquera D'Alessandro e Edenilson foram as baixas por lesões (Carlinhos voltará naturalmente à equipe, uma vez que não atuou por suspensão na Copa do Brasil), para o jogo de Caxias do Sul, a presença do argentino é uma certeza. Já Edenilson ainda preocupa.
– D'Alessandro, sim, terá condições de jogo. A lesão dele é de tornozelo (uma entorse, no tornozelo esquerdo). O Edenilson é um pouco mais complicado, afinal, mesmo que o exame de imagem nada tenha apontado, ele segue referindo dores e sentindo limitações no adutor. Segue realizando um trabalho de fortalecimento muscular e fisioterapia. Precisará ser reavaliado – disse Carlos Pacheco.
A fadiga relata pelo preparador físico do Inter já é sentida pelo artilheiro do time, Brenner.
– É bem complicado. Estamos tentando nos recuperar o mais rápido possível, mas temos chegado a todos os jogos com uma dorzinha aqui, outra ali. Mas, como é hora de decisão, não dá para reclamar. Essa sequência de jogos impede uma recuperação completa. Passamos pelo Corinthians, agora queremos ir a Caxias e nos classificar – afirmou o ex-atacante do Juventude.
*ZHESPORTES