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País mais influente entre os 10 sul-americanos que sustentam a Conmebol, a Argentina não carregou apenas dirigentes da poderosa Associação do Futebol Argentino (AFA) ao Paraguai na posse do presidente Alejandro Domínguez. Levou junto dirigentes de clubes importantes e populares com sede em Buenos Aires, como Rodolfo D'Nofrio, do River, Daniel Angelici, do Boca, e Victor Blanco, do Racing, entre outros.
Eles têm uma força tremenda na confederação e falam o mesmo idioma dos mais altos dirigentes. São próximos e exercem grande influência nas arbitragens da Copa Libertadores da América, que começa em 20 dias. A política de boa vizinhança e de aproximação não faz mal, muito pelo contrário.
Na terça-feira, não havia um só dirigente ligado aos cinco clubes brasileiros que disputarão a Libertadores (Grêmio, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG e São Paulo) entre os que ouviram e saudaram o primeiro discurso do novo presidente em Luque, nos arredores da capital Assunção – nem nas conversas informais com os novos dirigentes da entidade antes ou depois da cerimônia. Só a velha guarda da CBF, com cara de gente jovem, novidade, apareceu. Os dirigentes dos cinco clubes brasileiros ficaram no Brasil.
Domínguez falou em nova gestão, transparência e honestidade. Acredite quem quiser. Quem foi ao encontro notou muitas caras conhecidas, comprometidas com o velho regime. A Libertadores se joga muito, muito mesmo, nos bastidores. Os corredores da sede da Conmebol, em Luque, ferveram por dois dias.
*ZHESPORTES