
Augusto Mendes teve uma grande carreira no jiu-jítsu. Com 30 anos, em 2013, decidiu buscar um novo desafio ao ir para o MMA. No último domingo, em Phoenix, conquistou sua primeira vitória no UFC ao derrotar Frankie Saenz por decisão unânime. Em entrevista a Zero Hora, o lutador fala sobre o crescimento na carreira e seus planos para o futuro.
Leia mais:
Aos 37 anos, lutador Tim Kennedy anuncia a aposentadoria
Caju Freitas: o que esperar de Anderson Silva no UFC 208?
Dana White diz esperar por reunião com Ronda: "Veremos o que ela quer fazer"
Você tem uma carreira recente no MMA, mas já tem um bom aproveitamento. A adaptação foi fácil?
Nunca é fácil, tudo novo na vida depende de dedicação e força de vontade. Fazer uma transição para o MMA tendo uma carreira consolidada e vitoriosa dentro do jiu-jítsu não seria diferente. Muito trabalho duro para tentar cada vez mais fazer essa adaptação mais fácil.
Você venceu um lutador representativo na categoria dos galos. Você já tem um próximo adversário em mente?
Não tenho nenhum nome em vista, gostaria somente de lutar contra alguém ranqueado. Qualquer um para mim, não escolho adversários.
O Cody Garbrandt foi o primeiro a te derrotar e agora é o campeão. O que você avalia da luta contra ele? A ideia é enfrentá-lo novamente em breve?
Fui chamado para lutar contra o Cody faltando cinco dias para o evento, tive que perder 14 quilos em quatro dias, sem uma preparação adequada para um adversário como ele. Então, não estava treinando e esse foi o meu erro de aceitar lutar assim. Sim, gostaria muito de enfrentá-lo novamente, mas sei que agora, ele como o campeão, irá demorar um pouco mais para eu ter essa chance. Mas espero continuar minhas lutas e um dia ter essa nova oportunidade com um camp completo.
Você ainda não lutou MMA profissionalmente no Brasil. É um desejo?
Com certeza, tenho muito essa vontade de lutar no Brasil. Especialmente no Rio de Janeiro, onde nasci, cresci e tenho família e muitos amigos. Seria uma sensação indescritível.
A sua estreia no MMA foi relativamente tarde. Por que a opção por ir para o novo esporte já com cerca de 30 anos?
Porque eu senti que já tinha completado e conquistado tudo o que queria dentro do jiu-jítsu, e o MMA naquele momento foi algo desafiador para mim, um estímulo em que eu poderia ver a minha progressão e traçar novas metas. Adoro desafios.
Com a nova gestão do UFC, o que o lutador fala fora do octógono tem bastante influência no seu crescimento na organização. Qual é o seu estilo e o que você acha do modelo que o Ultimate tem adotado para casar as lutas?
Dentro do jiu-jítsu, nunca fui de falar muito. Sempre fui mais de ir lá, fazer o meu trabalho e calar a boca das pessoas. Mas entendo essa parte de business do MMA e principalmente do UFC. Sempre sou muito respeitoso com meus adversários, mas se alguém quiser fazer esse jogo comigo, pode ter certeza que irá escutar também (risos).
*ZHESPORTES