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A trajetória de um dos projetos mais vencedores da história do esporte do Rio Grande do Sul se transformou em livro. Vôlei em Montenegro: uma História de Paixão e Glórias será lançado em evento para convidados hoje, às 20h, na sede do Clube Riograndense Montenegro (Rua Otelo Rosa, 185 – Centro, Montenegro). Com autoria da jornalista Cláudia Coutinho, a obra narra a história do projeto que começou nas escolas do município do Vale do Caí no final da década de 1960 e levou à formação da equipe que ficou entre os quatro melhores times do mundo na temporada 1991/1992 dentre outras conquistas.
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A partir deste sábado, o livro estará disponível para download gratuito no site do Clube Riograndense Montenegro. Parte da tiragem será distribuída para bibliotecas públicas dos municípios do Vale do Caí e do Vale do Sinos, além de faculdades de Educação Física no Rio Grande do Sul e instituições ligadas ao voleibol, como a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e a Federação Gaúcha de Vôlei (FGV).Cláudia Coutinho, que acompanhou todas as fases do projeto – desde que o Riograndense dominou o vôlei estadual até o título da primeira edição da Superliga Masculina de Vôlei na temporada de 1994/1995 –, conversou com ZH.
Como surgiu a ideia para fazer o livro?
Houve uma reunião entre os ex-jogadores da equipe de Montenegro em 2014, e eles perceberam que existia muita história a ser contada. Depois disso, me chamaram para escrever esta história porque tive um envolvimento muito grande com o vôlei quando trabalhava como repórter.
Qual foi a maior dificuldade para escrever o livro?
O livro não tem a pretensão de ser um documento histórico oficial do vôlei de Montenegro. Foi construído a partir das entrevistas e das memórias de personagens que viveram esta história. Muitos documentos foram perdidos, o que dificultou nossa reconstrução. O livro se justifica porque conseguimos juntar memórias de vários protagonistas desta história. Para quem gosta de vôlei, é algo bem legal.
Como foi acompanhar de perto o crescimento do Montenegro e depois da Frangosul?
Lembro que jogo em Montenegro era sinônimo de ginásio lotado e de muita rivalidade contra a Sogipa. Algumas informações que estão no livro eu já tinha na memória. Mesmo assim, foram dias de pesquisas em jornais, na FGV e em entrevistas. Acompanhei várias histórias da Frangosul. Eram jogos épicos.
O que falta para o Rio Grande do Sul voltar a ter um representante forte na Superliga?
O vôlei no Brasil é um esporte privilegiado porque tem resultados fantásticos. Não adianta querermos ter um equipe disputando um título de Superliga se não temos um aparato com vários times nas categorias de base. Não é uma questão apenas de patrocinadores. A própria Lei de Incentivo ao Esporte é falha em não permitir que os salários dos jogadores sejam pagos através deste incentivo. Não é só uma questão de investimento, é um problema político.
Está ansiosa para o lançamento do livro?
Sim. É um trabalho de várias pessoas que foram gentis e que toparam falar das suas vidas e de seus momentos. Estou contente com o resultado.
*ZHESPORTES