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Denunciado por injúria racial por conta do episódio que envolveu o zagueiro Wagner Fogolari, do São José, no Estádio do Vale, em jogo válido pelas quartas de final do Gauchão, o Novo Hamburgo informa que ainda não recebeu qualquer comunicado do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do sul (TJD-RS).
Na segunda-feira, o procurador Alberto Franco enquadrou o clube no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que cita ato discriminatório em razão da cor.
Como a pauta do tribunal está vazia, o julgamento deverá ocorrer na próxima semana. Por se tratar apenas de um torcedor, a pena, em caso de condenação, será somente de multa.
- O valor da multa varia conforme a gravidade do fato e o potencial econômico do clube infrator - explica Alberto Franco.
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O vice de futebol do Novo Hamburgo Everton Cury considera prematura qualquer manifestação.
- Primeiro, temos que receber a denúncia. Não temos como nos manifestar. Por enquanto, só sabemos pela imprensa. Quando houve uma denúncia clara, com nomes e fatos comprovados, vamos nos manifestar e tomar as providências - diz.
Quando a condenação é por multa, o clube pode obter efeito suspensivo de forma direta, diferentemente do que ocorre em perda de mando de campo, em que há necessidade da análise do auditor do tribunal.
- Só o que posso dizer é que repudiamos qualquer manifestação de racismo - afirma Cury.