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O maior tenista da história chegou ao 91° título em torneios ATP ao vencer em Miami no último domingo, oito meses depois de abandonar a temporada 2016 por grave lesão no joelho.
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A frustração que atingiu Roger Federer e seus fãs com seu abandono dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fizeram com que muitos considerassem que a carreira brilhante do suíço rumava para seus últimos atos. Eis que, aos 35 anos, Federer volta ao circuito mundial com três títulos em quatro torneios disputados, sendo o último, em Miami, vencendo novamente Rafael Nadal. Foram três vitórias seguidas na temporada do "freguês" suíço sobre o grande rival espanhol.
O mais impressionante em Federer é a capacidade de se manter competitivo depois de tanto tempo e após todas as mudanças no circuito. Quando surgiu, ele enfrentava Pete Sampras, Andre Agassi e Gustavo Kuerten, todos já aposentados. No momento que passou a dominar o jogo de forma unânime, encontrou Nadal, seu maior algoz, que soube como ninguém tirar o suíço da zona de conforto. Então, Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka passaram a integrar a turma dos grandes jogadores conquistando as principais competições do mundo. Mas em todo o período, Federer esteve junto deles.
O suíço sabe bem ler as necessidades de seu jogo e a hora certa para trocar de treinador – nos últimos sete anos foram três: Paul Annacone, Steven Edberg e o atual, Ivan Ljuibic. Ele é, nos números de sua carreira, o oposto do que é na vida particular: uma extravagância. São 18 troféus de Grand Slam, título máximo no circuito mundial de tênis, 91 títulos em torneios ATP e 302 semanas ocupando o posto de número 1 do mundo.
Após Miami, Roger Federer anunciou uma pausa de quase dois meses. Disse que retornaria pouco antes de Roland Garros.
– Não tenho mais 25 anos – lembrou.
Mas a expectativa segue.
Após a conquista do Aberto da Austrália, em janeiro, Federer assustou o mundo ao declarar:
– Espero vê-los novamente no ano que vem, mas, se não der, agradeço pela maravilhosa jornada.
Depois afirmou:
– Ainda há muito tênis em mim.
De qualquer forma, a cada entrevista a apreensão toma conta até que a frase "Vejo vocês no ano que vem" seja dita. Podem ser estes títulos os últimos atos do suíço. Ou não. Afinal, ninguém sabe do que Roger Federer é capaz quando empunha uma raquete na mão direita.