Um time que não sofre gols. Assim pode ser resumida a principal virtude do Irã, terceira seleção a garantir a vaga na Copa do Mundo 2018 (além de Rússia e Brasil).
Pela primeira vez na história, os iranianos participarão de dois Mundiais consecutivos. A diferença é que, desta vez, a equipe persa não vai contentar em apenas participar da fase de grupos.
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– Meu sonho é chegar ao mata-mata. Precisamos desta ambição. Temos que pensar grande. Nós não vamos para a Rússia fazer turismo – declara o experiente técnico português Carlos Queiroz, que treinou Portugal, África do Sul e Real Madrid.
Entre os principais méritos do treinador está a excelente organização defensiva. Além de já classificada, a equipe iraniana está há 11 jogos sem sofrer gols nas eliminatórias asiáticas. Na fase final, o time não foi vazado em nenhum dos oito jogos disputados até agora.
Outro ponto positivo é a renovação do grupo, com destaque para jovens que já atuam no país-sede do Mundial, como o volante Saeid Ezatolahi, 20 anos, do Rostov, e o atacante Sardar Azmoun, 22 anos, do Rubin Kazan.Veja os principais destaques sobre a seleção do Irã.
Como joga o Irã
É um time com uma defesa muito sólida. A dupla de zaga é formada pelo experiente Jalal Housseini, 35 anos, e pelo bom desarmador Morteza Pouraliganji, 25 anos.
No meio-campo, o ponto de referência é o volante Saeid Ezatolahi, 20 anos. Ao lado de Ali Karimi, forma uma dupla de marcadores fundamental para a proteção defensiva da equipe. ajudam a proteger a equipe, dando liberdade para os laterais apoiarem e tornado o Irã um time muito difícil de ser vazado.
Apesar de ser uma equipe defensiva, o Irã vem atuando no esquema 4-3-3. Na maioria dos jogos, o principal armador de jogadas é o experiente meia Masoud Shojaei, 33 anos, capitão da equipe e atleta do Panonios, da Grécia.
No ataque, o destaque é o jovem e habilidoso centroavante Sardar Azmoun, 22 anos, sensação internacional do futebol iraniano e maior artilheiro em atividade da seleção do Irã, com 19 gols. Ele é municiado no lado esquerdo pelo atacante goleador Mehded Taremi e no lado direito por Alireza Jahanbakhsh, que é ajuda a recompor a marcação, podendo atuar também como meia.
Merecem destaque também dois atacantes que não são presença constante entre os titulares, mas são reservas muito úteis. O centroavante Reza Ghoochannejhad, 29 anos, do Heerenveen (Holanda) e o atacante Karim Ansarifard, 27 anos, do Olympiakos (Grécia).
Ghoochannejhad é o vice-artilheiro da seleção iraniana em atividade, com 17 gols. Já Ansarifard frequentemente entra na ponta direita contra equipes menores, quando Jahanbakhsh é deslocado para o meio, formando um time mais ofensivo.
Time-base (4-3-3)
Beiranvand; Rezaeian, Hosseini, Pouraliganji e Mohammadi; Karimi, Ezatolahi e Shojaei; Jahanbakhsh, Azmoun e Taremi.
Desempenho excelente nas eliminatórias
O Irã é o primeiro (e único até o momento) país asiático a garantir a vaga na Copa 2018. Líder do Grupo A, com 20 pontos em oito jogos, a equipe de Carlos Queiroz ainda não sofreu gols na fase final e não sabe o que é perder nas eliminatórias locais.
Na campanha geral, são 16 jogos, 12 vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. No total, são onze jogos sem ser vazado.
Técnico experiente em Copas
Aos 64 anos, Carlos Queiroz está no comando da seleção do Irã desde 2011. Já foi apelidado pela imprensa internacional de “Sr. Copa do Mundo”, pois, em 2018 vai para o quarto Mundial com três seleções diferentes: África do Sul (2002), Portugal (2010) e Irã (2014 e 2018).
No currículo, ele ostenta também uma passagem pelo Real Madrid, entre 2003 e 2004.
Histórico:
Esta é a primeira vez que o Irã participará de duas Copas do Mundo seguidas. Sem nunca ter passado da fase de grupos, os iranianos estiveram presentes nos Mundiais de 1978, 1998, 2006 e 2014.
* RÁDIO GAÚCHA