Depois de uma quarta-feira agitada no cenário político brasileiro, com o anúncio do ex-presidente Luiz Inácio da Silva como novo ministro da Casa Civil, com a divulgação de escutas telefônicas que captaram conversas entre ele e a presidente Dilma Rousseff e com a realização de protestos por todo o país, a quinta-feira deve seguir o mesmo ritmo movimentado.
Está prevista para ocorrer, às 10h, em Brasília, a cerimônia de posse de Lula como ministro da Casa Civil, pasta em que vai coordenar a articulação política do governo. Manifestantes, que programaram atos na capital do país para protestar durante a cerimônia, já estão chegando ao local. O policiamento foi reforçado para evitar transtornos. Não há confirmação da participação de Lula na cerimônia. Além dele, serão empossados também os ministros da Justiça, Eduardo Aragão, da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes e do Chefe de Gabinete Pessoal da Presidenta da República, Jaques Wagner.
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Até o meio-dia desta quinta-feira, líderes da Câmara indicarão seus representantes para a comissão que irá retomar o processo do impeachment de Dilma. Em seguida, até as 14h, na estimativa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), serão eleitos os integrantes da comissão pelo Plenário da Câmara, que já estará com sessão aberta desde as 10h.
– A partir daí, vamos tocar o processo. Queremos concluir (a formação da comissão especial) até esta quinta-feira, salvo algum percalço, mas estenderemos o horário até quando for necessário – ressaltou Cunha na noite de quarta-feira.
Manifestações em contrariedade ao governo estão marcadas em diversas cidades do país. Brasília, São Paulo e Porto Alegre, por exemplo, devem registrar atos ainda durante a manhã. Na capital gaúcha, um protesto em frente à sede da Polícia Federal está marcado para começar às 9h.
