Paulo Germano

CPI da vergonha

Após cinco meses, CPI da Telefonia Móvel já virou fiasco na Câmara

De nove encontros marcados, três foram cancelados porque não havia quórum. Dois vereadores já foram excluídos por excesso de faltas

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O curioso é que há cinco meses, na hora de assinar o protocolo de instalação da CPI, todos os 36 vereadores puseram seu nome ali – uma unanimidade talvez inédita na história da Câmara. Todos eles, portanto, concordavam que a telefonia móvel, um dos serviços mais horrorosos da cidade, merecia uma investigação do parlamento.

– Mas em uma das reuniões, por exemplo, quatro promotores chegaram às 9h30min e ficaram até as 10h30min esperando para nada – conta o presidente da CPI da Telefonia Móvel, Valter Nagelstein (PMDB), sobre um dos três encontros cancelados porque não havia quórum de vereadores. – Tive que agradecer a presença deles e dispensá-los. É uma situação muito chata.

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Convidados a participar de reuniões, representantes do Ministério Público, da Anatel e do Sindicato dos Engenheiros compareceram à toa. Dos nove encontros marcados, quatro não ocorreram. Dois vereadores – Moisés Maluco do Bem (PSDB) e Rodrigo Maroni (PR) – foram excluídos por excesso de faltas. Mauro Zacher (PDT) também já pediu para sair por dificuldade de conciliar seus compromissos.

– Não tem essa de vereador querer ou não participar da CPI. É obrigação do mandato, está no regimento da Câmara. Seria como um desembargador não querer comparecer às sessões que deve ir – desabafa Nagelstein.

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