Estar com as contas em dia é um dos requisitos para integrar o turbilhão de consumo que se avizinha, característica da época de Natal e Ano-Novo. E renegociar os débitos é a saída para quem está com dívidas atrasadas e quer presentear amigos e familiares nos festejos de final de ano. Este é um período fértil em que empresas reveem prazos e oferecem descontos para os consumidores voltarem a gastar (cerca de 40% dos brasileiros acima de 18 anos têm alguma conta atrasada, de acordo com a Serasa Experian).
Companhias de vários segmentos - financeiro, varejo e serviço - integram o Super Feirão Limpa Nome da Serasa. Até o dia 14, os consumidores podem acessar o site da campanha e negociar, sem custo adicional, suas contas com condições especiais, como descontos e revisão de prazos. O site é desenvolvido em ambiente protegido, que garante a segurança e a proteção de todos os dados. Assim, quem não tiver internet em casa poderá usar qualquer computador para negociar suas pendências.
Antes de abrir a negociação, é preciso se preparar e colocar na ponta do lápis o orçamento, com o que se recebe a cada mês e as despesas fixas. Isso é essencial para saber quanto poderá ser comprometido para pagar as dívidas atrasadas.
- Na hora da negociação, o consumidor deve ouvir a proposta. Se não estiver de acordo, é importante fazer uma contraproposta, até que ambos cheguem a uma alternativa realista. O importante é que depois de renegociada, a dívida caiba no bolso - recomenda Júlio Leandro, superintendente do Serasa Consumidor.
Limpar o nome e sair da lista de endividados não deve ser estímulo para gastar desenfreadamente. Segundo Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira, é preciso cautela, pois não adianta combater somente o efeito do problema, mas também a causa: a falta de educação financeira. Domingos considera as campanhas para regularizar dívidas boa alternativa para os consumidores:
- Essa é uma ótima oportunidade para que as pessoas limpem seus nomes. Contudo, é fundamental que se honre os acordos firmados e que se tenha planejamento para que o problema não volte.
Leandro faz um alerta: tirar o nome da lista de endividados não deve ser estímulo para o consumidor ir às compras sem critério.
