Economia

Revertendo a situação

Em reunião de emergência, Dilma pede unidade do governo e agilidade nos cortes

Expectativa é de que as primeiras decisões relativas a cortes de gastos sejam anunciadas a partir desta quinta-feira à tarde

Em reunião de emergência convocada após o país perder o grau de investimento pela agência Standard & Poor's, a presidente Dilma Rousseff pediu unidade do governo e determinou agilidade nos anúncios das medidas para reverter a situação das contas públicas.



A expectativa é de que as primeiras decisões relativas a cortes de gastos sejam anunciadas a partir desta quinta-feira à tarde, durante a entrevista que será concedida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Adriana Franciosi / Agencia RBS

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Segundo um ministro que participou do encontro, a posição do governo é "reconhecer as dificuldades financeiras" e demonstrar que está preparado para tomar todas as "medidas de caráter emergencial" que sejam necessárias para adotar uma forte "política de austeridade fiscal".

Depois de patrocinar sucessivas tentativas frustradas de criação ou aumento de impostos, o Palácio do Planalto está convencido de que o melhor caminho é "cortar na própria carne", ou seja, investir na chamada reforma administrativa e diminuir os gastos da máquina pública.

As decisões não serão anunciadas de uma vez só, mas a conta-gotas, conforme forem definidas pela equipe econômica. Não entraria, neste primeiro momento, a definição de quais ministérios serão cortados.

Apesar de garantir que Dilma não pretende acabar com nenhum programa social, o ministro afirmou que será feito um "pente-fino" nos benefícios que são pagos pelo governo, para "combater todo tipo de fraudes" e otimizar os gastos. Um exemplo das medidas que o Planalto pretende adotar é fazer um recadastramento do chamado seguro defeso, alvo de diversas denúncias de irregularidades.

Após a decisão da S&P, Dilma reuniu os principais ministros do governo no Planalto para discutir como reagir ao rebaixamento. O vice-presidente Michel Temer também participou do encontro. O peemedebista é um dos que sempre defenderam a tese de que, antes de elevar impostos, o governo deveria diminuir despesas.

*Estadão Conteúdo

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