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O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 64,8 pontos porcentuais de abril para maio, informou nesta quarta-feira (28), o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 428,1% para 363,3% ao ano. O juro do cartão fiou abaixo desse patamar pela última vez em maio de 2015, quando alcançou 355% ao ano.
O forte recuo da taxa do rotativo foi resultado direto das novas regras de migração da modalidade, que começaram em abril. Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão de crédito só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores.
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O juro do rotativo ainda é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial.
Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 297,7% para 247,5% ao ano de abril para maio. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 520,2% para 445,1% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro caiu 2,2 pontos porcentuais de abril para maio, passando de 162,2% para 160,0% ao ano.
Em abril, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.
A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.