
Depois de atormentar as finanças dos brasileiros nos últimos anos, a inflação segue caindo em 2017. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no país, ficou em 0,19% ante 0,24% em julho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (6).
Para os meses de agosto, essa foi a menor variação desde 2010 (0,04%). No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados em agosto de 2016. O resultado foi o menor acumulado no ano para um mês de agosto desde a implantação do Plano Real, em 1994.
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A taxa acumulada dos últimos 12 meses desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foi a menor variação acumulada para o mesmo intervalo de tempo desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em agosto de 2016, o índice havia registrado variação de 0,44%.
Em agosto, os grupos de despesa alimentação e bebidas (-1,07%) e comunicação (-0,56%) registraram as maiores reduções. Pelo quarto mês consecutivo, os alimentos tiveram queda nos preços em razão da safra recorde. Os destaques na que da de valores foram: feijão-carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), açúcar cristal (-5,90%), leite longa vida (-4,26%), frutas (-2,57%) e carnes (-1,75%).
Em contrapartida, os grupos de despesa Transportes (0,27%) e Educação (0,09%) apresentaram as maiores altas. O subitem Combustíveis teve maior impacto na alta de peço, com elevação de 6,67% em agosto devido ao aumento na alíquota do PIS/Cofins em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis.