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O partido do governo pediu, nesta quinta-feira, à presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, que aceite a ideia de deixar o cargo em abril para a convocação de eleições antecipadas em junho. Ela vem sendo alvo de um escândalo de corrupção.
Os 128 deputados do Saenuri, partido da presidente, aprovaram por unanimidade a proposta de dar uma semana de prazo a Park. A presidente poderá aceitar a proposição ou expor-se a um processo de destituição.
– Todos os parlamentares do partido aprovaram o calendário por unanimidade – declarou Chung Jin-Suk, líder da bancada do Saenuri, citado pela agência sul-coreana Yonhap.
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De acordo com o congressista, o calendário é o mais apropriado para assegurar uma transferência de poder adequada e dar tempo aos diferentes partidos para preparar a eleição presidencial, que seria antecipada em seis meses em relação ao inicialmente previsto.
Caso
Park Geun-hye viu sua popularidade desabar em um mês com as revelações a partir das investigações do Ministério Público a respeito de sua ex-confidente Choi Soon-sil, detida por ter utilizado a relação com a presidente para extorquir grandes empresas sul-coreanas. A presidente é suspeita de "conivência" pelos investigadores.
Desde a explosão do escândalo, manifestações reúnem multidões a cada fim de semana em todo o país para pedir a renúncia da presidente.