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Milhares de simpatizantes do presidente norte-americano, Donald Trump, e manifestantes contrários ao republicano entraram em confronto, no domingo (27), na Califórnia, em um protesto que terminou com 14 detidos.
A manifestação pacífica organizada em Berkeley, cidade universitária na região de San Francisco, virou cenário de violência após os confrontos entre os dois grupos no parque Martin Luther King Jr, que estava fechada ao público.
Centos de militantes antirracistas pularam as barricadas da polícia para enfrentar o pequeno grupo de simpatizantes de Trump, que compareceram ao local apesar da manifestação "Não ao marxismo no Estados Unidos" ter sido cancelada justamente pelo temor de conflito.
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Os contra-manifestantes cercaram os apoiadores de Trump e começaram a gritar "Não a Trump, não a KKK (Ku Klux Klan), não aos Estados Unidos fascista" e "Nazista, volte para casa".
Vários contra-manifestantes, que estavam com os rostos cobertos, foram retirados do local pela polícia. Quatorze pessoas foram detidas, a maioria por não cumprir a proibição de utilizar máscaras, tacos e outros objetos que poderiam ser utilizados como armas.
Um policial atirou uma bala de borracha contra um manifestante que tentou superar uma barreira policial, de acordo com o jornal Los Angeles Times.
Joey Gibson, líder do grupo de direita Patriot Prayer, foi atingido por spray de pimenta jogado pelos contra-manifestantes.
Os incidentes acontecem após os confrontos de Charlottesville, na Virginia, há duas semanas, quando uma mulher morreu depois que um supremacista branco atropelou um grupo de manifestantes contra o racismo.