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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de urgência, nesta sexta-feira (15), depois do novo disparo de míssil pela Coreia do Norte. O colegiado se reunirá às 15h em Nova York (16h pelo horário de Brasília). Segundo um diplomata ouvida pela AFP, o debate acontecerá a portas fechadas.
O lançamento de um novo míssil ocorre depois que o Conselho de Segurança da ONU impôs um novo pacote de sanções à Coreia do Norte pelo desenvolvimento do programa nuclear e balístico do regime comunista, que incluiu um sexto teste nuclear.
Pyongyang havia prometido, na quarta-feira (13), acelerar os programas militares proibidos pela comunidade internacional em resposta às "maléficas" sanções da ONU. Na quinta-feira (14), a Coreia do Norte disparou um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no mar. O teste foi condenado "energicamente" pelo governo japonês.
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O míssil foi disparado de um local próximo a Pyongyang e voou aproximadamente 3,7 mil quilômetros a leste, alcançando uma altura máxima de 770 quilômetros — mais longe e mais alto que mísseis norte-coreanos anteriores, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano.
Segundo o governo japonês, o míssil sobrevoou à ilha japonesa de Hokkaido, no norte do país, às 7h06min do horário local antes de cair no mar, a cerca de 2 mil quilômetros a leste da costa.
— O Japão jamais poderá tolerar essa ação provocadora da Coreia do Norte — disse à imprensa o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga.
As novas sanções consistiram em um embargo sobre as exportações de gás para a Coreia do Norte, uma limitação às exportações de petróleo e de produtos refinados, e a proibição das exportações norte-coreanas de têxteis.
No entanto, o projeto de embargo petroleiro total promovido pelos Estados Unidos teve que ser abandonado para conseguir que a China, que fornece petróleo à Coreia do Norte e tem direito de veto no Conselho de Segurança, deu seu aval às sanções.