
Michelle Obama entrou na campanha pelo resgate das jovens sequestradas na Nigéria. A primeira-dama dos Estados Unidos da América postou em seu twitter uma foto segurando um cartaz com a hashtag #bringbackourgirls (devolvam as nossas garotas). A manifestação surge três semanas após o sequestro de 257 meninas em uma escola de Chibok, no país africano.
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Londres enviará para a Nigéria uma equipe de emergência formada por assessores governamentais, dentro dos esforços para libertar as cerca de 200 adolescentes sequestradas pelo grupo islâmico Boko Haram, anunciou nesta quarta-feira um porta-voz do primeiro-ministro britânico.
O porta-voz informou que a equipe interministerial viajará o mais rápido possível, mas não especificou a formação do grupo, nem se incluirá pessoal militar.
Segundo o governo, a equipe trabalhará ao lado dos militares e efetivos responsáveis pela manutenção da ordem enviados pelo presidente americano, Barack Obama. Os conselheiros britânicos vão atuar, em especial, no âmbito da coordenação de operações e assessoria às autoridades locais, mais do que se envolver diretamente nas ações no terreno para resgatar as reféns.
Homens do Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês), unidade de elite das forças britânicas, baseados em Abuja, também participarão das operações de socorro, informa o jornal britânico "The Times".
Durante uma conversa por telefone com o premier britânico David Cameron, "o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, aceitou a ajuda proposta pelo primeiro-ministro", acrescentou o porta-voz de Downing Street.
Um pouco mais cedo, David Cameron declarou, na Câmara dos Comuns, que esse sequestro representa o "mal absoluto".
Antes da Grã-Bretanha, Estados Unidos e França já haviam anunciado o envio de especialistas para ajudar as autoridades nigerianas.
David Cameron insistiu na necessidade de a comunidade internacional trabalhar em conjunto - "para além da crise provocada pelo sequestro das adolescentes" - contra "a ameaça imposta pelo Islã radical e pela violência", no longo prazo.
Entenda o caso:
O rapto de 270 alunas aconteceu no dia 14 de abril na escola de Chibok (nordeste), no estado de Borno. Das 276 jovens raptadas, 53 conseguiram escapar e 223 seguem em poder dos combatentes islamitas.
Informações da imprensa local indicam que algumas dessas 223 estudantes ainda em cativeiro já foram vendidas como esposas na fronteira com o Chade e com Camarões ao preço de 12 dólares.
* AFP