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Mais de 20 mil pessoas continuam fora de casa devido a chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul a partir de 23 de junho. O último relatório da Defesa Civil estadual, atualizado às 7h desta segunda-feira, contabiliza 1.768 desabrigados (precisam de um abrigo fornecido pelo governo) e 18.668 desalojados (estão em casas de parentes e amigos).
A Fronteira Oeste é a região com situação mais preocupante. As cidades que apresentam o maior número de pessoas fora de casa são Itaqui (9.810), Uruguaiana (6 mil) e São Borja (2.900). No total, são 127 municípios afetados - 78 decretaram situação de emergência e duas decretaram estado de calamidade pública: Barra do Guarita e Iraí.
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A boa notícia fica por conta da previsão do tempo. De acordo com a meteorologista Maria Clara Sassaki, da Somar Meteorologia, a segunda-feira deve ser de tempo bom em todas as regiões afetadas pelas cheias:
- Não há previsão de chuva. Vai ter predomínio do tempo aberto nessas regiões.
As chuvas provocaram pelo menos duas mortes: Eracildo Luiz Assmann, 56 anos, de Arroio do Tigre, e José Lindomar da Silva, 40 anos, de Jacutinga. A namorada de Eracildo, Paula Thom, 23 anos, segue desaparecida, e o Corpo de Bombeiros faz buscas.
Os locais mais atingidos pelas cheias têm se modificado ao longo das últimas duas semanas, também porque se alterou os pontos onde o Rio Uruguai teve seu nível mais alto.
- Embora a situação esteja estabilizada, o rio tende a demorar mais para baixar na Fronteira Oeste devido à geografia mais plana do que no Noroeste, onde o nível baixou mais rápido - avalia o chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Oscar Luis Moiano.
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Enxurrada como a deste ano não era vista no Rio Grande do Sul desde 1983, que atingiu cidades como Itaqui, Iraí, São Borja e Uruguaiana.