Reunidos na esquina da Rua General Osório com a Avenida Júlio de Castilhos, em frente ao Foro de Três Passos, cerca de 50 moradores da cidade se organizaram na manhã desta terça-feira para um ato diferente antes da primeira audiência do Caso Bernardo. Em silêncio, eles rezaram e pediram para que a audiência seja "iluminada".
- Que seja um abraço no Bê - disseram, apoiados uns nos outros em círculo, antes de rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria.
Emocionados, alguns choraram ao lembrar do menino.
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A pedido da Brigada Militar, os moradores, que organizaram no Facebook a "Corrente do BEm" - desde o dia em que o corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini foi achado em 14 de abril numa cova às margens de um rio em Frederico Westphalen - prometeram se retirar pacificamente às 9h.
Entre os presentes no ato, estavan Juçara e Carlos José Petry, donos de uma confecção de modas em Três Passos. Eles costumavam receber o menino em casa e eram amigos íntimos de Bernardo. Segundo a filha do casal, Tayná, os pais, que são testemunhas, estavam abalados:
- Eles não queriam ver a Edelvânia e o Evandro Wirganovicz (dois dos quatro réus que estarão presentes no Foro). É muito difícil para eles encarar isso, mas vão em nome do Bernardo.
As ruas no entorno do Foro estão fechadas pela BM, que recebeu reforço de 40 policiais de Santa Rosa e Frederico Westphalen. Essa é a primeira audiência do Caso Bernardo. Ao todo, 33 testemunhas devem ser ouvidas.
Leandro Boldrini, pai do garoto, e Graciele Ugulini, madrasta, pediram dispensa e não vão comparecer. Ainda não há data prevista para o julgamento.
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