Após a Justiça de Três Passos aceitar nesta sexta-feira complemento à denúncia do Ministério Público (MP), Evandro Wirganovicz foi acusado formalmente de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de veneno e recurso que dificultou defesa da vítima) de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos.
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Evandro é irmão de Edelvânia Wirganovicz, que confessou detalhes do crime e mostrou à polícia onde estava o corpo do menino. Além dele e da irmã, também respondem pelo assassinato do garoto e por ocultação do cadáver o pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini.
O juiz Marcos Luís Agostini também decretou, nesta sexta-feira, a prisão preventiva de Evandro, que já está detido e cuja prisão temporária estava por expirar. O entendimento foi de que a prisão é necessária para "garantia da ordem pública" e para evitar que se obstrua a coleta de provas.
Segundo o MP, o irmão de Edelvânia participou do crime "material e moralmente" ao abrir a cova em Frederico Westphalen. No entendimento da promotoria, o crime foi cometido pelo réu por motivo torpe, uma vez que Edelvânia recebeu de Graciele R$ 6 mil para cometê-lo, além da promessa de ajuda financeira para comprar um imóvel. Sabendo disso, aponta o MP, Evandro teria se aliado à irmã e a ajudado a fim de obter "vantagem econômica". Zero Hora entrou em contato com o advogado de Evandro, Hélio Francisco Sauer, mas o defensor disse que não irá se pronunciar sobre a decisão.
Relembre o caso
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugulini, 36 anos, para comprar uma TV.
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