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A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) anunciou nesta sexta-feira que abrirá uma auditoria para verificar por que o apenado Isaac Justo Selau, 27 anos, não foi capturado logo após romper a tornozeleira eletrônica que ele usava. O equipamento foi parar no pescoço de um galo, em Canoas, na Região Metropilitana de Porto Alegre.
O sistema de monitoramento registrou a fuga às 11h34min de segunda-feira, mas nenhum agente da Susepe teria ido atrás do detento. Selau acabou sendo preso somente na quarta-feira, durante operação da Brigada Militar.
- Vamos analisar o que aconteceu. Nós sempre temos equipes volantes nas ruas e comunicamos a Polícia Civil e a Brigada Militar - afirmou César Moreira, chefe da Divisão de Monitoramento da Susepe.
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A prisão ocorreu durante abordagem em uma casa investigada como ponto de vendas de drogas no bairro Guajuviras. Ao consultar o nome no sistema, a BM detectou que ele ainda deveria estar usando uma tornozeleira eletrônica - mas não estava.
Foram feitas buscas na residência e o equipamento foi encontrado em um lugar pouco comum: o galinheiro. O homem teria tirado o aparelho de seu tornozelo e o colocado no pescoço de um galo. A tornozeleira foi retirada do animal e levada à Polícia Civil.
A tornozeleira
- É composta de uma cinta com um cabo de fibra de aço e fibra ótica, e uma caixa à prova d'água onde estão os dispositivos de rastreamento e comunicação.
- Há um número de identificação que fica na parte de trás da caixa e é usado pela Susepe para o cadastro do apenado do semiaberto que tem o benefício de usar o equipamento.
- Por mês, o equipamento custa R$ 400 aos cofres públicos, com manutenção inclusa.
- Há uma bateria que dura cerca de 30 horas, um GPS, um sensor de luz e ar, dois chips de operadoras de celular, um dispositivo anti-impacto.
- Do lado de fora, uma luz comunica o status da bateria. Quando alterna entre verde e vermelho está descarregando.
- O equipamento é carregado na tomada, como um celular.