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Estados Unidos

Hospital de Dallas admite erros após dois casos de ebola

Diretor clínico da Texas Health Resources pediu desculpas por "não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola"

Mike Stone / Getty Images
Diretor clínico da Texas Health Resources, consórcio de saúde ao qual pertence o hospital, admitiu erros de gestão

O Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas, onde foi registrado o primeiro caso de ebola nos Estados Unidos, cometeu erros de gestão envolvendo o paciente que morreu há uma semana e contagiou duas enfermeiras.

O diretor clínico da Texas Health Resources, consórcio de saúde ao qual pertence o hospital, Daniel Varga, comparecerá nesta quinta-feira à Câmara dos Representantes, mas o documento que será apresentado por ele já foi difundido por meios de comunicação norte-americanos.

- Infelizmente, cometemos erros no primeiro contato com o paciente contaminado, apesar das melhores intenções nossas e da equipe médica altamente qualificada - admitiu Daniel Varga, desculpando-se também por "não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola".

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O paciente procurou pela primeira vez o Hospital Presbiteriano de Dallas no dia 25 de setembro, com febre e dores abdominais, mas os médicos deixaram que ele voltasse para casa com antibióticos, sem levar em consideração que o homem vinha da Libéria. Três dias depois, ele voltou ao hospital e foi colocado sob quarentena.

Varga também reconheceu erros no "esforço de comunicar o que se passava de forma rápida e transparente à opinião pública", os quais "inquietaram uma comunidade que já estava preocupada e confundida". O executivo explicou que, devido a esses erros, o hospital adotou "uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas".

Durante o período em que o paciente ficou internado, pelo menos duas enfermeiras que o atenderam foram infectadas pelo vírus.

O segundo caso de contaminação foi confirmado nesta quarta-feira, quando as autoridades norte-americanas colocaram sob alerta todos os passageiros de um voo feito por uma enfermeira, no dia 13 de outubro, entre Cleveland e Dallas, quando ela já apresentava febre.

Ela teria consultado o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para saber se poderia fazer a viagem de avião, que foi autorizada.

Após ter sido diagnosticada com o ebola, a paciente foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já tratou norte-americanos repatriados da África Ocidental depois de confirmado o diagnóstico.

Entretanto, as autoridades de Dallas planejam divulgar ainda nesta quinta-feira uma declaração de emergência face ao risco de contágio do vírus. A cidade registra uma morte, três casos confirmados e 118 pessoas em potencial risco de contrair o vírus, das quais mais da metade integra o sistema de saúde.

* Agência Brasil

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