
1492
A história de Cuba começa a ser registrada a partir de 1492, ano da chegada do explorador espanhol Cristóvão Colombo. A maior das ilhas caribenhas passa a ser colônia da Espanha e, a partir de 1500, se transforma em uma importante produtora de açúcar, tabaco e, mais tarde, café e cacau. Nesse regime de trabalho forçado em plantations e devido a doenças trazidas pelos colonizadores, a população nativa é dizimada, sendo substituída pela mão-de-obra escrava africana.
Século 19
Uma série de movimentos encaminham o país para sua independência. Em 1868, eclode a Guerra dos Dez Anos, reação de grandes proprietários de Cuba contra leis comerciais espanholas. Duas décadas depois, a ideia de independência ganhou nova força em Cuba e entre os exilados, nos EUA. José Martí tornou-se, a partir de 1887, a principal liderança dos emigrados independentistas e, em 1891, funda o Partido Revolucionário Cubano.
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1898
Em dez semanas de combate, a Guerra Hispano-Americana resulta na retirada dos espanhóis e ocupação da ilha pelos Estados Unidos, de 1898 a 1902, quando Cuba conquista formalmente sua independência. Após a ajuda dos Estados Unidos, no entanto, a ilha passa a sofrer influência direta dos americanos, principalmente após 1901, quando é assinada a Emenda Platt, que definia a ilha como um protetorado americano e conferia aos Estados Unidos o direito de ocupação militar, caso seus interesses fossem desrespeitados.
1952
Em um regime de colaboração com os EUA, o ex-general Fulgencio Batista sobe ao poder pela segunda vez e comanda um governo opressor, marcado por denúncias de corrupção. A revolta contra o ditador cresce na classe média, cada vez mais insatisfeita com a queda no nível de qualidade de vida. A ilha passa, então, a viver os momentos históricos que antecedem a revolução de Fidel Castro, que lhe dará papel de protagonista mundial em sua história recente.
1959
O movimento liderado por Fidel Castro ganha força após 1953, quando mais de 160 homens tentam tomar os quartéis cubanos. Fidel acaba preso por dois anos e se exila no México. Três anos depois, o líder e mais 80 exilados, entre eles Ernesto "Che" Guevara, retornam a Cuba e se estabelecem na região de Sierra Maestra, iniciando uma guerrilha. Em 1959, a guerrilha de Fidel, Raúl Castro e Che Guevara derrota as forças de Batista e toma Havana, dando início a um novo regime.
1961
EUA rompem relações diplomáticas com a ilha em janeiro. No mesmo mês, Cuba estreita laços com a União Soviética, assinando acordo de venda de açúcar e importação de petróleo. Em abril, uma fracassada tentativa de invasão ao território cubano é comandada pelos EUA. Mais de mil exilados cubanos desembarcam na região da Baía dos Porcos e, em poucos dias, são vencidos pelas tropas cubanas. A operação deixou um saldo de 176 mortos. No mesmo mês, Fidel admite publicamente o caráter socialista da revolução.
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1962
Soviéticos instalam mísseis na ilha e são descobertos pelo governo americano. Este, que foi um dos momentos mais críticos da Guerra Fria, leva ao bloqueio naval a Cuba, anunciado pelo presidente americano John Kennedy. Nikita Khrushchev, líder soviético, concorda em desativar os mísseis, e o conflito é resolvido pacificamente. A conhecida crise dos mísseis, no entanto, deteriora a relação entre os dois países.
1967
Aos 39 anos, Che Guevara é morto durante batalha entre soldados do Exército e guerrilheiros na selva boliviana. Ele havia ido ao país para tentar estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina.
1976
Fidel Castro se torna presidente de Cuba após realizar mudanças na Constituição do país. Desde 1959, o líder ocupava o cargo de primeiro-ministro.
1991
Com a dissolução da União Soviética, Cuba perde seu principal parceiro comercial e entra em uma profunda crise econômica, com constantes blecautes e falta de alimentos. Em 1993, o governo anuncia que algumas estatais serão abertas ao investimento privado. A iniciativa tinha o objetivo de estimular a economia da ilha. Cuba permanece como um dos poucos países comunistas do mundo, ao lado de Coreia do Norte e do Vietnã.
1999
O menino Elián González, seis anos, perde a mãe junto com outros 10 cubanos que naufragaram quando fugiam para os Estados Unidos. O caso vira símbolo da briga entre os EUA e Cuba, que travam batalha para decidir quem ficava com o garoto. Elián acabou sendo devolvido à família paterna e, quando chegou à ilha, é recebido com uma marcha comandada pelo próprio Fidel.
2008
Debilitado fisicamente, aos 81 anos, Fidel Castro deixa o comando do país nas mãos do irmão Raúl. O líder já havia se afastado temporariamente do poder dois anos antes, também por questões de saúde.
2009
Barack Obama, presidente dos EUA, suspende restrições às viagens e aos envios de remessas a Cuba, principalmente transferências de dinheiro de cidadãos americano-cubanos para seu país de origem.
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2011
Fidel Castro anuncia sua renúncia à direção do Partido Comunista de Cuba (PCC), seu último alto cargo político no país, ao pedir sua exclusão do Comitê Central. O comunicado é divulgado durante o 6º Congresso do PCC, o primeiro desde 1997, que elegeu o presidente Raúl Castro para substituir Fidel.
17 de dezembro de 2014
EUA e Cuba dão início a uma aproximação histórica, encaminhando-se para retomar os laços diplomáticos e aliviar as cinco décadas de embargo comercial americano contra seu vizinho comunista. Em comunicado oficial, Barack Obama anuncia a facilitação de viagens de americanos a Cuba, autorização de vendas e exportações de bens e serviços dos EUA para Cuba, autorização para norte-americanos importarem bens de até US$ 400 de Cuba e o início de novos esforços para melhorar o acesso de Cuba à telecomunicação e internet.
* Zero Hora









