Uma rede com 39 locais de detenção e tortura foi montada no Rio Grande do Sul enquanto vigorou a ditadura militar. A julgar pelo relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), divulgado quarta-feira, converteu-se na maior estrutura repressiva do país - em número de unidades instaladas -, superando outros Estados estratégicos como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
A CNV define que eram "instituições e locais associados a graves violações de direitos humanos". Quartéis do Exército e da Brigada Militar, mais delegacias de Polícia Civil, foram adaptados para guardar ou interrogar prisioneiros políticos, em 16 cidades. Houve até um navio-cárcere, o Canopus, que ancorou no porto de Rio Grande em abril de 1964.
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