
A família do ex-presidente João Goulart obteve uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência (SDH) não divulgue fotos e outras informações detalhadas sobre a análise dos restos mortais do líder trabalhista.
O laudo final, ainda que sem imagens e outros detalhes de todo o trabalho, está sendo divulgado em coletiva de imprensa em Brasília, e pode ser acompanhado ao vivo pelo site da SDH.
Os familiares do ex-presidente temem que o governo brasileiro divulgue imagens da exumação e outras informações. A intenção é de que o material completo sobre os exames não fiquem com a SDH.
- Houve uma quebra de confiança - afirma um interlocutor da família.
Como a exumação pode esclarecer a morte do ex-presidente
Exumação do corpo de Jango ocorreu há um ano
O atrito teve início na última semana, quando a ministra Ideli Salvatti comunicou à imprensa, sem consultar a família, que o resultado da perícia seria divulgado nesta segunda-feira, 1º de dezembro.
Segundo o filho do ex-presidente, João Vicente Goulart, foi um erro marcar um dia para a divulgação do resultado, já que perícias só devem ter data para começar. O receio do filho era de uma análise "atropelada".
A família também questionou o fato de o anúncio e a atuação da perícia terem sido encaixados na agenda da ministra Ideli, que passou os últimos dias em viagem de trabalho ao Marrocos. Na semana passada, peritos brasileiros e estrangeiros se reuniram em Brasília para analisar os exames feitos após a exumação de Jango.
Aguarde mais informações.
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