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O ex-governador Tarso Genro comentou pelas redes sociais o decreto do governador José Ivo Sartori que prorroga o pagamento de contas do Estado em 180 dias.
- Ainda bem que não fui eu. Seria calote - escreveu no Twitter e no Facebook.
Assinado na sexta-feira, o decreto prorroga a quitação de restos a pagar herdados da gestão de Tarso Genro. Durante o período, Sartori deixará em aberto o pagamento de fornecedores e prestadores de serviço, valor que chegou a ser estimado pelo governo em R$ 700 milhões.
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O dinheiro do adiamento será mantido em caixa para ajudar a manter em dia a folha de pagamento. O decreto também determina restrições nos gastos com diárias, passagens de avião, aluguéis, consultorias e compras futuras em geral, além do congelamento de nomeações e de abertura de concursos públicos. Também, neste caso, o objetivo é reduzir custos.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, descartou a possibilidade de os fornecedores e prestadores de serviço sofrerem calote. Ele garantiu que todos serão pagos dentro do prazo estabelecido pelo decreto e afirmou que tentativas de negociações serão feitas para antecipar o pagamento de credores que aceitarem discutir descontos.
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Sobre o aumento de salários que a Assembleia concedeu aos deputados, secretários, vice-governador e governador, Feltes disse que se trata de uma medida do Legislativo, ressaltando a sua autonomia. Ao falar isso, indicou que Sartori deverá sancionar nos próximos dias os reajustes aprovados pelos deputados.
Também será feita em breve uma manifestação de Sartori sobre o projeto que acabou com o pagamento de auxílio-moradia aos magistrados do Poder Judiciário, que aguarda sanção ou veto do governador. Feltes confirmou que o governo irá procurar os demais poderes para pedir ajuda na contenção de despesas do Estado.