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Ministério da Fazenda

Na posse, Levy diz que "reequilíbrio fiscal já começou" e sinaliza aumento de impostos

Novo ministro da Fazenda destacou a necessidade de equilibrar as contas públicas para promover crescimento do país

Wilson Dias / Agência Brasil
Levy recebe o cargo do ministro interino da Fazenda, Paulo Caffarelli

O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tomou posse na tarde desta segunda-feira em cerimônia na sede do Banco Central, em Brasília. Em seu discurso, destacou que o reequilíbrio fiscal já começou e deu sinais de que o governo poderá aumentar impostos.

Levy também anunciou que Jorge Rachid assumirá a Receita Federal e Tarcísio Godoy como seu secretário-executivo. O secretário do Tesouro será Marcelo Saintive Barbosa.

Ao discursar, ressaltou que o ajuste fiscal estimula os investimentos e a geração de empregos, ao recuperar a credibilidade na economia.

- Restam poucas dúvidas de que, mais uma vez, a democracia brasileira deu prova de excelência ao reafirmar o consenso imperativo da disciplina fiscal para o crescimento econômico social e o desenvolvimento sustentável - declarou Levy.

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O novo ministro também afirmou que o governo já começou a dar os primeiros passos para a retomada do equilíbrio das contas públicas com mudanças na concessão de empréstimos do BNDES e com medidas de restrição do acesso a benefícios como pensão por morte, axílio-doença e seguro-desemprego.

- O reequilíbrio fiscal já começou com a contenção dos gastos públicos. Foram aparados os subsídio do BNDES e tomadas medidas para evitar excessos nos gastos, o que vai permitir que os benefícios sociais se tornem melhores.

Levy ainda admitiu que o governo pode elevar impostos.

- Possíveis ajustes em alguns tributos também são considerados. Ajuste nos tributos será feito principalmente para aumentar poupança doméstica.

Os principais desafios do novo ministro, segundo economistas, são economia parada, inflação em alta, gastos elevados, risco de desemprego e desconfiança dos empresários.

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Seu antecessor, Guido Mantega, não participou do evento e foi representado pelo secretário-executivo e ministro interino, Paulo Rogério Caffarelli. Segundo informações da Folha de S. Paulo, Mantega tinha combinado com a presidente Dilma Rousseff que não participaria da cerimônia de posse nem entregaria o cargo a Levy, e que estaria em viagem com a família. Ele assumiu a pasta em março de 2006 e permaneceu à frente do ministério por quase nove anos.

Engenheiro naval, Joaquim Levy, 53 anos, tem perfil liberal, é doutor pela ultraortodoxa Universidade de Chicago, com anos de serviços prestados ao FMI e amigo de Armínio Fraga, conselheiro do rival Aécio Neves (PSDB) na eleição.

* ZH com agências

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