
Ao abrir o 21º Salão da Construção, em São Paulo (SP), nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff tentou minimizar a crise econômica no Brasil. Embora tenha reconhecido a desaceleração de setores como a construção civil, ela enfatizou que o país faz os ajustes para superar as dificuldades atuais, sem comprometer as conquistas sociais. Dilma foi recebida com vaias ao chegar, de carro, no Parque de Exposições do Anhembi.
- É verdade que o Brasil passa por um momento difícil, mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo. Não temos mais crise que paralisa e quebra o país. Temos condições de daqui avançar para um outro patamar - destacou a presidente.
Durante o discurso, Dilma garantiu que a economia brasileira tem fundamentos sólidos.
- Temos todas as condições de passar a uma nova etapa. Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance até o final deste ano para que os sinais de recuperação comecem a aparecer - disse.
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A presidente focou parte do seu discurso no setor da construção civil. Ela pediu o apoio da área no processo de recuperação do país. Dilma lembrou que o setor atingiu um patamar superior nos últimos anos. Uma das variáveis que conduziu a este resultado foi a oferta de crédito, que, a partir de 2003, passou de R$ 20,5 bilhões para quase R$ 500 bilhões, atingindo 9,7% do PIB. Esse crescimento do setor, segundo ela, refletiu também na geração de vagas no mercado de trabalho.
- Nos últimos 12 anos, o emprego formal mais do que dobrou, passando de 1,10 milhão em 2002 para 2,78 milhões em dezembro deste ano. É importante sinalizar que uma parte das 544 milhões de pessoas que chegaram à classe média teve na construção civil uma alavanca, o primeiro degrau - afirmou.
O 21º Salão Internacional da Construção Feicon Batimat é referência para o setor da construção civil na América Latina. O evento, que ocorre em 85 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi, conta com mais de 2 mil marcas nacionais e internacionais. São esperados 120 mil visitantes até sábado.
*Zero Hora, com informações do Blog do Planalto