
Até a noite desta segunda-feira, pelo menos quatro categorias ligadas diretamente à vida dos gaúchos confirmaram paralisação das atividades na próxima quarta-feira. Segundo o braço gaúcho da CSP-Conlutas, funcionários do transporte público (ônibus e metrô) da Capital, de escolas estaduais e de hospitais já confirmaram aderência ao chamado Dia Nacional de Paralisação, organizado por forças sindicais em todo o país contra a lei das terceirizações.
Segundo o coordenador estadual do CSP/Conlutas, Érico Corrêa, sindicatos e grupos independentes de empregados da Carris, da Trensurb, do Cpers (escolas estaduais) e dos hospitais de Clínicas e Conceição, além da Previdência, paralisarão os serviços na quarta-feira. No entanto, a central sindical ainda aguarda posição de categorias do funcionalismo municipal, como dos professores e de postos de saúde, entre outras.
- Vai ser grande, isso com certeza. Com a Carris e a Trensurb paradas, já vai dar impacto, mas ainda aguardamos resposta de outras duas empresas de ônibus da Capital e mais categorias - aponta Corrêa.
Além da paralisação, cada grupo de trabalhadores deve promover atos públicos separadamente. Os professores estaduais já marcaram um encontro para as 10h na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Funcionários da Carris e da Trensurb devem permanecer no pátio das respectivas empresas.
A principal motivação da mobilização é barrar o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização das empresas. Mas os trabalhadores também são contra as medidas provisórias 664 e 665 adotadas pelo governo Dilma, que mudaram o seguro- desemprego, o auxílio-doença, as pensões, o PIS e outros direitos trabalhistas.
- A terceirização reduz os direitos do trabalhador e beneficia somente os patrões. Sem contar o aumento da corrupção. Já sabemos de prefeito que contratou a empresa da mulher, isso só vai piorar - justifica Corrêa.
Ele ainda cita dados que mostram que empregados terceirizados ganham até 27% menos do que os diretos e que os acidentes de trabalho aumentam 56% com os terceirizados, pois são menos treinados e mudam muito de local de trabalho.
Após esse dia nacional de paralisações, haverá nova reunião das centrais sindicais para definir os próximos passos da mobilização.
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