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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda que a defesa do afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é compartilhada pelo governo.
Na última sexta-feira, o vice-líder do governo na Casa, deputado Sílvio Costa (PSC-PE), anunciou a jornalistas o pedido de afastamento temporário de Cunha "pela tranquilidade do Parlamento". Segundo Costa, Cunha não tem condições morais de permanecer no comando da Casa depois que o lobista Julio Camargo, um dos delatores da Operação Lava-Jato, declarou à Justiça Federal que o suposto operador do PMDB no esquema de corrupção Fernando Baiano disse que estava sendo pressionado por Cunha para pagamento de US$ 5 milhões em propina. Em tom mais brando que o colega e pregando harmonia entre os poderes, Guimarães afirmou nesta segunda-feira que "essa não é a posição do governo".
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Dizendo-se alvo do Palácio do Planalto, Cunha anunciou rompimento com o governo Dilma Rousseff.
- Vamos começar o segundo semestre estendendo a bandeira da paz - afirmou Guimarães, ressaltando que Cunha é presidente da Câmara e, como tal, será procurado pelo governo na hora certa.
Ainda na sexta, o peemedebista autorizou a abertura de CPI para investigar contratos do BNDES. Sobre a decisão, Guimarães afirmou que a CPI é um instrumento do Congresso que será tratado com naturalidade.
- Vamos enfrentar a CPI com transparência, sem uso político - disse.
O líder do governo na Câmara ainda rebateu Cunha, que afirmou haver "um bando de aloprados" no Palácio do Planalto. "Se tivesse, não estavam lá", afirmou Guimarães.
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*Estadão Conteúdo