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Operação Politeia

PF faz busca e apreensão na casa de investigados na Operação Lava-Jato

Mandados expedidos pelo STF são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Santa Catarina

DIDA SAMPAIO / ESTADÃO CONTEUDO
Agentes da Polícia Federal deixam a portaria principal de prédio onde residem senadores, em Brasília

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Politeia. O objetivo é o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava-Jato.

Senadores, ex-ministros e políticos do PP são alvos da operação em Brasília. Entre eles, estão os senadores Ciro Nogueira (presidente nacional do PP), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

A ação também investiga o deputado federal e líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), o atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e ex-ministro Mário Negromonte (ex-PP-BA) e o ex-deputado João Pizzolati (PP-SC). Os policiais ainda estiveram na casa do advogado Thiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz.

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Segundo a PF, os mandados, que foram expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (12), na Bahia (11), em Pernambuco (8), Alagoas (7), Santa Catarina (5), no Rio de Janeiro (5) e em São Paulo (5). Cerca de 250 policiais federais participam da ação.

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As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos. Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa. Em Alagoas, um dos locais onde ocorre a operação é a sede do canal de TV controlado por Collor.

As medidas decorrem de representações da PF e do MPF nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. Os investigados, na medida de suas participações, respondem por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.

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Ciro e Collor foram citados pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava-Jato, como políticos favorecidos pelo esquema de desvio de recursos da Petrobras. Já o nome de Bezerra foi referido pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que afirmou que o senador teria pedido R$ 20 milhões para a campanha à reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto no ano passado.

O nome da nova operação, Politeia, em grego, faz referência ao livro A República, de Platão, que cita uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção, diz a PF.

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* Estadão Conteúdo

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