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José Fortunati ainda aguarda um espaço na agenda de José Ivo Sartori para tratar sobre a crescente sensação de insegurança disseminada em Porto Alegre. Na cerimônia de assinatura do contrato de revitalização da orla do Guaíba, na manhã desta quarta-feira, o prefeito da Capital voltou a defender que o governador do Estado convoque a Força Nacional para conter a criminalidade.
- Não dá para ficar imaginando que a violência cresceu por nada. Ela cresceu por causa do parcelamento dos salários. A Polícia Civil começou a fazer operação-padrão, a Brigada Militar, muitas vezes, se sentiu impedida de sair. Isso aumentou a sensação de insegurança e, obviamente, os malfeitores aproveitaram. O que precisamos fazer? Voltar à normalidade. Como se volta à normalidade? Para mim, demonstrando força em termos de segurança, e isso passa, obrigatoriamente, pela regularização dos salários, e não existe milagre, por isso defendo o aumento do ICMS e, segundo, a vinda da Força Nacional - afirmou Fortunati.
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No sábado, o secretário de Segurança do Estado, Wantuir Jacini, alegou que não há "necessidade nenhuma" de convocar apoio externo e citou as 70 mil prisões efetuadas em 2015 para atestar que os policiais do Rio Grande do Sul estão trabalhando. Na terça-feira, depois de uma reunião com chefes de instituições vinculadas à pasta e representantes da prefeitura, Jacini propôs, em nota, um trabalho integrado entre a Brigada Militar e a Guarda Municipal para estancar a violência.
- Ao contrário do que diz o secretário estadual da Segurança, a Guarda Municipal não pode fazer esse trabalho. A Guarda está nas escolas públicas municipais, que ficam nas periferias, nos locais mais violentos. Não tem como tirá-la. Ela está patrulhando as unidades básicas de saúde, que também ficam na periferia, e fazendo rondas. Não temos como disponibilizar a Guarda Municipal para cumprir o papel de policiamento ostensivo - rebateu Fortunati.
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O prefeito ainda disse que boatos espalhados pelas redes sociais e nas comunidades têm criado um "ambiente de terror" maior do que a "realidade impõe".
* Zero Hora