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Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, confirmou ser a favor de um pedido, por parte do governo estadual, de auxílio externo na segurança do Estado. Para Fortunati, a presença de homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército nas ruas gaúchas poderia fazer com que a população se sentisse mais protegida.
- Mesmo que o Exército esteja preparado para outro tipo de ação, e a Força Nacional atue com um contingente pequeno, a presença deles nas ruas ajuda. Não resolve, mas ajuda - avaliou o prefeito.
O apelo para uso de profissionais do Exército e da Força Nacional de Segurança foi descartado pelo secretário Wantuir Jacini. Em entrevista à Rádio Gaúcha durante a Expointer, no sábado, Jacini disse que não vê "necessidade nenhuma" de chamar apoio e utilizou o número de prisões (70 mil presos em 2015) para mostrar que os policiais do Rio Grande do Sul estão trabalhando.
"Neste ano, a segurança pública já prendeu 70 mil criminosos. Além disso, já apreendemos mais de cinco toneladas de drogas. Quando se apreendem drogas, nós estamos prendendo traficantes e também impedindo que ocorram crimes conexos, como crime contra a vida e o roubo. De modo que não vejo necessidade nenhuma de chamar apoio da Força Nacional", afirmou.
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Segurança na Capital
Além disso, Fortunati disse aguardar um contato do governador José Ivo Sartori para marcar uma reunião e discutir a questão da segurança em Porto Alegre. Apesar das dificuldades financeiras do Estado, o prefeito disse que pedirá o aumento do efetivo da Brigada Militar. Na avaliação de Fortunati, a população está "amedrontada".
- Estamos diante de um impasse que diz respeito a todos nós - observou.
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Prefeito apoia aumento de ICMS
Para melhorar a situação financeira do Rio Grande do Sul e, consequentemente, da Capital, o prefeito acredita que o aumento da alíquota básica do ICMS, proposto pelo Piratini, é a única medida que poderá trazer avanços imediatos. Ao justificar a sua posição, Fortunati afirmou que o Estado atualmente é um "doente terminal" e, por isso, necessita de um remédio imediato, mesmo que ele seja "amargo".
- O problema é que o Rio Grande do Sul está se afogando. O bote salva-vidas tem que passar rapidamente e resolver a situação - comentou.
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