
O grupo irlandês U2 decidiu cancelar o show que faria no sábado em Paris, depois que uma onda de atentados deixou mais de 100 mortos nesta sexta-feira na capital francesa.
"Devido ao estado de emergência na França, o show do U2 previsto para 14 de novembro não acontecerá", afirma o grupo em seu site oficial.
Hollande declara "estado de urgência" e fecha as fronteiras da França
A banda afirmou estar "totalmente determinada" a reprogramar a apresentação para o "momento apropriado".
O show seria exibido ao vivo pela HBO como parte do fim da turnê mundial.
"Assistimos com incredulidade e comoção os acontecimentos em Paris e nossos corações estão com todas as vítimas e suas famílias", afirmam Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr., os quatro membros do U2.
Confira a cronologia dos atentados em Paris
O grupo expressou pêsames às vítimas da casa de espetáculos Bataclan, onde o grupo americano Eagles of Death Metal se apresentava nesta sexta-feira.
"Esperamos que nossos fãs em Paris estejam bem", completa a nota do U2.
Pelo menos 100 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na onda de atentados simultâneos em Paris.
Ataques em Paris ocorreram em seis pontos diferentes
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite desta sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em pelo menos seis lugares, segundo o jornal Le Monde, que cita uma fonte judicial: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Pelo menos cinco terroristas foram "neutralizados" à noite. A informação foi anunciada por François Molins, procurador de Paris.
Logo após os ataques, o Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados. Parisienses descrevem como "estado de guerra" a situação da capital francesa no momento, alertando para um possível crescimento da onda xenófoba, ultranacionalista e de extrema direita no país, que está a três semanas das eleições regionais.
O presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país. Moradores são aconselhados a não deixarem suas casas. Todos os locais públicos, como escolas, museus e bibliotecas, permanecerão fechados neste sábado em Paris. O presidente pediu confiança à população francesa e garantiu que as autoridades do país devem ser "duras e serenas" para "vencer os terroristas".
O presidente norte-americano Barack Obama também se pronunciou após os ataques, garantindo apoio à França e descrevendo as ações como "ataques contra a humanidade". Pelo Twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,se disse "consternada pela barbárie terrorista" e expressou seu "repúdio à violência" e "solidariedade ao povo francês".