A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Sangue Negro, que investiga um esquema de desvio de dinheiro de contratos da estatal desde 1997 para o pagamento de propinas.
A ação tem como principal alvo a relação entre a empresa holandesa SBM e a Petrobras. São cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.
A operação foi desencadeada antes mesmo da Lava-Jato, embora, conforme a PF, "todos os seus alvos estejam relacionados àquela investigação".
As ações são cumpridas no Rio de Janeiro, em Angra dos Reis e Curitiba. Dois mandados de prisão foram expedidos contra pessoas já detidas na capital paranaense devido à Lava-Jato: o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-diretor da área Internacional Jorge Zelada.
A SBM, que já confessou a existência de propina em troca de contratos com a estatal, fornece equipamentos de exploração em alto mar para a Petrobras. Conforme as investigações, a empresa recebia repasses de 3% a 5% de contratos da petroleira. Desse total, remetia 1% para contas de organizações no Exterior. Além disso, os investigadores apontam que o dinheiro era lavado e remetido novamente para o Brasil em forma de propina.
As buscas ocorrem nas casas dos alvos e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo. Os investigados respondem por crimes como sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
*ZERO HORA COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL