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O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira que a sessão o dia anterior da Câmara foi um "legítimo exercício" da competência da Casa. Nesta terça, foram eleitos os deputados que formarão a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Foram escolhidos 39 integrantes da comissão oriundos de chapa formada por oposicionistas e dissidentes da base aliada do governo, após tumulto durante votação secreta. Com a eleição, o grupo já daria início aos trabalhos com maioria a favor do impeachment.
No entanto, ainda na terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin decidiu suspender a formação e a instalação da comissão até que o plenário do Supremo analise o caso.
- A Câmara dos Deputados ontem tomou deliberação no legítimo exercício da sua competência e posteriormente em face de medida judicial suspendeu temporariamente esta medida preliminarmente para o exame posterior pelo plenário - afirmou Temer, após deixar a sede da Vice-Presidência em Brasília.
- Isso revela que nós vivemos em um regime de normalidade democrática extraordinária, as instituições estao funcionando e nós devemos preservar aquilo que as instituições estão fazendo e revelar com isso a democracia plena do pais - complementou o peemedebista.
Fora dos microfones dos jornalistas, Temer foi questionado sobre "se haveria debandada do PMDB do governo". O vice-presidente, então, fez um gesto com a mão negando a pergunta e entrou no carro oficial para deixar o prédio.