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Membros de partidos políticos e movimentos sociais a favor do governo Dilma Rousseff iniciaram, no final da manhã desta segunda-feira, uma vigília na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre. Conforme Adelar Pretto, membro da direção estadual do MST e um dos organizadores do ato, o grupo irá ficar concentrado no local pelo menos até domingo, quando está prevista a votação do processo de impeachment.
– Estamos aqui para ajudar a impedir o golpe que está sendo armado contra o governo. Esse ato faz parte do processo de resistência e pode durar por tempo indeterminado – explicou Pretto.
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O ato foi batizado de Vigília da Legalidade e da Democracia. Integram o acampamento membros de partidos políticos como o PT e PCdoB, de movimentos como o MST, Cpers-Sindicato, Fegam e centrais sindicais como CUT e CTB.
Durante o período de acampamento, o grupo organizará diversas ações, como a realização de aulas públicas. No fim da tarde desta segunda-feira, cerca de 450 pessoas participavam da vigília. Antes do anoitecer, começaram a ser montadas as barracas.
– É um movimento a favor da democracia, contra o golpe. A partir de amanhã (terça-feira) chegam mais gente. Até sexta-feira, nosso acampamento irá reunir cerca de 1,5 mil pessoas – conta Ivanildo Oliveira, um dos corrdenadores do acampamento.
O presidente da Federação Gaúcha das Associações de Moradores (Fegam), Valério Lopes, lembra que a permanência do grupo em frente ao Palácio Piratini depende dos acontecimentos desta semana.
– Conseguimos unificar movimentos do campo e da cidade que acham que não tem saída a não ser o respeito à democracia. Não vamos deixar o golpe acontecer – reforçou