
Ainda neste ano, a JBS precisa quitar R$ 18 bilhões em dívidas a curto prazo. Esse valor representa quase terço da dívida de R$ 58,4 bilhões do grupo. O caixa da empresa está recheado com R$ 10 bilhões, mas ainda há dúvida de como a empresa dos irmãos Batista irá conseguir os outros R$ 8 bilhões.
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Segundo o jornal Estado de S. Paulo, devido aos esquemas de corrupção, os indicadores financeiros da empresa tornaram-se nebulosos, e dificilmente a JBS terá ajuda de bancos públicos ou privados. A saída, possivelmente, será recorrer a medidas emergenciais.
Antes mesmo da delação dos irmãos Batista vir a público, a empresa montou uma estratégia para driblar a dívida. Uma delas, segundo o jornal Estado de S. Paulo, foi parar de comprar bois à vista. Mesmo desagradando pecuaristas, a medida segura R$ 1 bilhão por mês nos caixas. O próximo passo, de acordo com consultores do setor, é o encolhimento do grupo. A JBS pode abrir mão dos negócios que não são ligados à carne.
De acordo com analistas do banco JP Morgan consultados pelo Estadão, a empresa pode encolher e perder até 30% do mercado de carnes no Mercosul. Há uma expectativa de que a receita da Seara, uma das empresas do grupo, caia 15%.