
Fazia menos de dois meses que o garçom Altair Bock, 31 anos, a companheira, Lenir Amorim, 48 anos, e uma das filhas dela moravam na casa da Rua São Carlos, no bairro Floresta, em que ele acabou sendo vítima de um latrocínio (roubo com morte) por volta das 16h de domingo. Ele foi atacado quando saía com o carro pela garagem da casa e seguiria para o trabalho, em um restaurante da Avenida Nilo Peçanha.
– Nós tínhamos preocupação com assaltos, como em qualquer lugar de Porto Alegre, mas nunca iríamos imaginar que pudesse acontecer isso conosco, porque ali não é muito comum. Tem moradores mais velhos ao redor – diz Lenir Amorim.
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Na última quarta, Altair havia instalado um portão eletrônico na saída da garagem, justamente pensando na segurança. Na tarde de domingo, ele acionou o portão e só depois embarcou no carro para sair. Neste intervalo, dois criminosos aproveitaram a oportunidade.

De acordo com a polícia, eles teriam anunciado o assalto e agredido o garçom com coronhadas na cabeça. Já caído e sem reação, Altair teria sido baleado duas vezes. Ao ouvir o barulho, Lenir tentou intervir e entrou em luta corporal com um dos bandidos. Ela escapou porque a arma já não tinha munições.
O Fiat Stilo estava equipado com corta-corrente e os bandidos acabaram abandonando o veículo nas proximidades, na Rua Conde de Porto Alegre. A 3ª DP de Porto Alegre agora procura por imagens que possam revelar pistas sobre os suspeitos, assim como a perícia a ser realizada no carro.
Altair era natural de Guaraciaba, na Região Oeste de Santa Catarina. Morava em Porto Alegre há 11 anos e há nove tinha um relacionamento com Leonir. O corpo do garçom está sendo levado para a sua cidade natal, onde será sepultado.