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A dona de casa Geni Sins, 54 anos, foi indiciada pela polícia como autora intelectual da morte da morte da própria filha, Francine Sins Matias da Silva,
13 anos. A adolescente foi assassinada pelo padrasto, Ronaldo dos Santos,
30 anos, no dia 14 deste mês, no interior de Santa Cruz do Sul.
O indiciamento de Geni foi por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e o de Ronaldo, além desses dois crimes, por estupro de vulnerável, uma vez que manteve relações sexuais com Francine, que tinha menos de 14 anos.
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O indiciamento da mãe e do padrasto foi anunciado pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho na tarde desta sexta-feira. Pelas conclusões da investigação, Geni tinha ciúme da filha – que teve um envolvimento com Ronaldo – e, por isso, lhe ofereceu dinheiro para que cometesse o crime.
– Em depoimento, ele (Ronaldo) disse que no ano passado a mãe já havia feito a oferta de mil reais para ele matar a menina. Ele não teria aceito. Mas mesmo assim ele recebeu através de outros formas de pagamento, como a ajuda para comprar uma moto – disse a delegada.
Ronaldo admitiu ter matado a adolescente. Geni, que foi acusada por ele, em seu depoimento negou ter sido a mandante. Porém, de acordo com a delegada, seu comportamento desde que ocorreu o crime contribuiu para que decidisse pelo indiciamento.
– Desde o primeiro dia suspeitamos, pois ela sempre deu a entender que tinha a certeza da morte. Depois, a informação de onde o crime aconteceu, antes do encontro do cadáver, partiu dela – explicou Lisandra. Outro fator que ajudou na tomada de convicção da delegada foi o histórico de vida da mulher.
– Dois sete filhos, a Francine e um irmão, moraram com ela. Os demais ficaram com os pais após a separação, demonstrando seu pouco apego. No primeiro casamento, ela tentou esfaquear o marido, que era paraplégico – afirma.
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De acordo com o que apurou a polícia, o casal e a adolescente moravam juntos havia seis anos. No dia 14, Francine saiu de casa ao meio-dia na garupa da moto do padrasto supostamente para comprar chocolates em um mercado próximo. Uma hora depois, Ronaldo foi visto sozinho.
O corpo de Francine foi encontrado pela Brigada Militar no dia 15 pela manhã, ao lado de uma árvore, com marcas de estrangulamento e com um machucado na cabeça, semelhante a ferimentos provocados por pancada.