Menores infratores que cumprem medida socioeducativa na Fundação de Assistência Sócio-Educativa (Fase) do Rio Grande do Sul provocaram um início de rebelião na unidade da Avenida Padre Cacique, na zona sul de Porto Alegre, no final da noite desta segunda-feira (19). O tumulto começou pouco antes das 23h, e o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (BOE) foi acionado para conter a situação.
De acordo com informações da Brigada Militar, um grupo entre 62 adolescentes do setor de Internação Provisória iniciou a confusão e ameaçou colocar fogo em colchões. O BOE retirou os internos das celas e realizou uma revista. A situação foi controlada em 15 minutos.
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Através de uma nota oficial, a Fase confirmou que uma inspeção foi realizada nos dormitórios, "de forma a resguardar a segurança e a integridade de todos". Ainda não há informações se algum objeto foi recolhido. A instituição não divulgou os motivos da confusão, mas funcionário afirmaram que reivindicações foram feitas. A Fase também ressaltou que não houve feridos na revolta.
Superlotação favorece conflitos entre internos
O Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique (Case), que tem capacidade para 80 adolescentes, abrigava 145 no momento da rebelião – de acordo com a última contagem de internos na unidade, feita no dia 16 de junho deste ano.
A superlotação tem sido motivo de reclamações recorrentes de servidores que pedem para não serem identificados. De acordo com eles, o problema tem favorecido a ocorrência de conflitos entre internos. Este é o segundo caso de princípio de rebelião registrado na Fase em menos de um mês.
No total, em números desta terça-feira (20), as unidades da Fase abrigavam 1.364 adolescentes, enquanto que a capacidade de engenharia é para 927 – 47,14% acima do limite.
*ZERO HORA
