
A presidente afastada, Dilma Rousseff, usou as redes sociais para criticar, nesta sexta-feira, as recentes medidas anunciadas pelo governo interino de Michel Temer. Pelo Twitter, Dilma atacou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ela, Meirelles quer "parar o Brasil" e cortar gastos com áreas prioritárias.
"O Brasil tem o que temer. O governo Temer, do vai e vem, está mostrando a que veio: enquanto extingue direitos de todos, distribui bondades a poucos. Agora, o ministro interino da Fazenda quer parar o Brasil. Quer desmontar a saúde e a educação e desmantelar a previdência. Alega de modo estapafúrdio que os gastos com saúde, educação e previdência, nas últimas décadas, inviabilizaram "controle maior das despesas", escreveu.
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Em seguida, Dilma defendeu seu governo e os anos anteriores de governo petista. Disse, ainda, que é necessário gastos maiores em busca do desenvolvimento:
"Ora, senhor ministro, foram os gastos com educação e saúde que melhoraram a qualidade de vida da população. Ao contrário do que parece pensar o governo provisório, os gastos com saúde e educação no Brasil são ainda baixos. Para o Brasil se tornar um país e uma nação desenvolvida, terá que investir muito mais em educação e saúde do que fez".
Acrescentou que, nos últimos 13 anos, a gestão petista triplicou os gastos em saúde e educação.
"Criamos um verdadeiro passaporte para o futuro, ao destinar os recursos do fundo social do pré-sal para essas áreas. A educação é o caminho para a redução das desigualdades, iniciada na última década. Ao mesmo tempo, a educação é o caminho para a economia do conhecimento, sustentando o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação", acrescentou.
Por fim, a presidente afastada afirmou que mudar "para pior" é um "desastre":
"O ministro interino da Fazenda parece se orgulhar ao dizer que 'estamos mexendo na estrutura fiscal pela 1ª vez, desde 1988'. Mudar para melhor é muito bom, mas mudar para pior, prejudicando toda a nação e o país, é um desastre que não se pode admitir."
*Zero Hora