A Alemanha é um importante parceiro comercial do Brasil. Tanto que, desde 1982, os dois países mantêm encontros anuais de negócios e parcerias entre empresas e governos. Atualmente, existem, no Brasil, 1,6 mil unidades de empresas alemãs. É o maior parque industrial da Alemanha fora do país e a terceira nação de onde o Brasil mais importa, perdendo para China e Estados Unidos.
O produto que o Brasil mais exporta para os germânicos é o café em grão (17%), seguido pelos resíduos da extração do óleo de soja (10%), minério de cobre (9,4%), e a soja (7,5%). Já o Rio Grande do Sul, exporta mais tabaco (22%) e calçados e componentes (15,2%) para a Alemanha. Os dados são da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
– Sempre foi um país que investiu no Brasil, desde a imigração alemã, logo após a Independência, em 1824. A partir disso começou um relacionamento grande com a Alemanha. A imigração alemã começou, em volume de pessoas, no Rio Grande do Sul. Os alemães vinham até São Leopoldo, e a partir dali, eram distribuídos pelo estado. A maioria já tinha profissão, vieram treinados para fazer mais do que trabalhar na roça, e acabaram se estabelecendo por ofícios, ofícios estes que se transformaram em grandes empresas que temos hoje – explica o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor Müller.
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No Rio Grande do Sul, há 50 unidades de empresas alemãs, além de outras 30 em sociedade com empresas gaúchas. Entre as mais conhecidas estão Stihl Ferramentas Motorizadas, Thyssen Krupp Elevadores, Ferramentas Gedore, e SAP.
Nesta segunda-feira, começa o Encontro Econômico Brasil Alemanha, na cidade de Weimar, região central da Alemanha. Além de rodadas de negócios, o encontro também discute questões políticas, como possíveis acordos entre os dois países para facilitar investimentos. O governador José Ivo Sartori, secretários, e presidentes de estatais gaúchas participam. Eles desembarcam neste domingo e já participam do primeiro compromisso oficial. Um jantar oferecido, na cidade de Erfurt, pelo Ministério de Economia, Ciência e Sociedade Digital da Turíngia, um dos estados mais industrializados da Alemanha, conhecido como o centro mundial da indústria óptica.
Depois da Alemanha, a comitiva segue para França e Itália, onde há encontros com empresas e governantes. O retorno ocorre no dia 22 de outubro.