
O que fechou, fechou, o que não fechou não fecha mais. Ao menos, tão cedo. Depois da confusão provocada com o encerramento de atividades de 14 lojas no Estado (veja lista final abaixo), a Walmart está disposta a trabalhar sério para melhorar o atendimento nas 103 restantes no Rio Grande do Sul. Para isso, contratou um especialista em operação de lojas, Alex Macedo, que vai atuar sobre três dos principais problemas apontados pelos clientes – e sobre os quais a empresa diz estar muito consciente: filas, falta de limpeza e de confiança na qualidade dos produtos. A promessa é de uma operação "correta e justa".
Mas atenção: lojas de Nacional e Big não vão virar "padrão Zaffari". A intenção ainda é focar no diferencial de preço, o que na avaliação da Walmart não pode ser feito nos parâmetros da concorrência. A empresa reitera que precisava aliviar o peso de unidades deficitárias para poder manter as demais. E mais ainda: conforme os dados da companhia, o número total de demissões decorrentes do fechamento das 14 unidades no Estado foi de 147, bem abaixo de algumas estimativas que chegaram a circular.
Mais ainda: a empresa está contratando em Porto Alegre: vai somar 300 postos de trabalho aos 750 funcionários da Central de Serviços Compartilhados (CSC), que atende aos negócios da empresa em todo o país a partir da capital gaúcha. O preenchimento vai ocorrer ao longo dos próximos meses. Ou seja, depois de investir R$ 1,3 bilhão no Brasil em 2015, a Walmart sentiu a crise, precisou se adaptar ao novo momento da economia, mas está longe de ter desistido do Brasil. No total, são cerca de 500 lojas no país, e a empresa assegura que não tem qualquer intenção de vender a operação nacional.
As lojas fechadas no RS
Nacional: Porto Alegre (5), Santa Maria, Rio Grande, Esteio, São Leopoldo, Canoas
Todo Dia: Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Viamão